Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto
Delator da Operação Ararath, Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça, afirmou em depoimento ao Ministério Público Federal (MPF), obtido com exclusividade pelo site Olhar Direto/Olhar Jurídico, que em setembro de 2006, quando realizou o primeiro empréstimo ao ex-deputado José Geraldo Riva, no valor de R$ 2 milhões, obteve como garantia os lotes 07, 08, 09 e 18 do bairro Santa Rosa, em Cuiabá, onde está construída a casa do ex-parlamentar.
A propriedade foi transferida do nome da esposa de José Riva, Janete Riva, para o nome de Cláudio Mendonça, irmão de Júnior Mendonça. “Antes de Cláudio comparecer ao cartório, o depoente teve que insistir com o seu irmão para que transferisse o imóvel em seu nome, vez que estava sem tempo de ir até o Cartório; o Depoente registra que a resistência de seu irmão nesta negociação de empréstimo e transferência se deve ao fato de envolver um político”, diz trecho do depoimento.
Em seguida, o delator explica como foi o procedimento de transferência. Cláudio Mendonça teria se encontrado com Cristiano Volpato, então assessor de Riva, no cartório, e dias depois da documentação estar toda preparada, o irmão de Júnior se encontrou com Janete Riva, para que ela assinasse a transferência dos lotes. Júnior Mendonça esclarece que em cima dos lotes está construída uma casa de alto padrão no Bairro Santa Rosa, por isso serviria como garantia, já que seu valor de mercado é superior ao empréstimo realizado. A transferência do imóvel foi realizada, pois não era possível a constituição de uma hipoteca já que a forma do empréstimo realizada não está amparada na legislação.
Em dezembro de 2007, quase um ano e meio depois, mediante o pagamento do empréstimo, novamente Cláudio Mendonça devolveu por meio de transferência os referidos lotes a Janete Riva, novamente simulando em Cartório outra operação de compra e venda. O depoente acrescenta que as razões de seu irmão, Cláudio Mendonça, não desejar que o empréstimo fosse realizado se deve ao fato do Riva ser um político que tinha a fama de ter problemas com a Justiça.
Outro lado
O advogado de Janete Riva, Rodrigo Mudrovitsch, afirmou ao Olhar Jurídico na última sexta-feira (20), que ainda não havia sido citado para apresentar defesa. A reportagem tentou entrar em contato com o advogado nesta terça-feira (24), mas até a publicação da matéria, os telefonemas não foram atendidos ou retornados. Na semana passada, ao comentar o caso, Mudrovitsch afirmou que a denúncia tem como alvo atingir o ex-deputado José Geraldo Riva, preso desde o dia 21 de fevereiro e criticou o vazamento da denúncia.
O pedido de indisponibilidade feito pelo MPF foi obtido com exclusividade pelo Olhar Jurídico e não foi divulgado pela instituição, até porque o processo segue em segredo de justiça. A assessoria de imprensa do MPF informou que segue a risca a determinação de sigilo da Ararath.
A propriedade foi transferida do nome da esposa de José Riva, Janete Riva, para o nome de Cláudio Mendonça, irmão de Júnior Mendonça. “Antes de Cláudio comparecer ao cartório, o depoente teve que insistir com o seu irmão para que transferisse o imóvel em seu nome, vez que estava sem tempo de ir até o Cartório; o Depoente registra que a resistência de seu irmão nesta negociação de empréstimo e transferência se deve ao fato de envolver um político”, diz trecho do depoimento.
Em seguida, o delator explica como foi o procedimento de transferência. Cláudio Mendonça teria se encontrado com Cristiano Volpato, então assessor de Riva, no cartório, e dias depois da documentação estar toda preparada, o irmão de Júnior se encontrou com Janete Riva, para que ela assinasse a transferência dos lotes. Júnior Mendonça esclarece que em cima dos lotes está construída uma casa de alto padrão no Bairro Santa Rosa, por isso serviria como garantia, já que seu valor de mercado é superior ao empréstimo realizado. A transferência do imóvel foi realizada, pois não era possível a constituição de uma hipoteca já que a forma do empréstimo realizada não está amparada na legislação.
Em dezembro de 2007, quase um ano e meio depois, mediante o pagamento do empréstimo, novamente Cláudio Mendonça devolveu por meio de transferência os referidos lotes a Janete Riva, novamente simulando em Cartório outra operação de compra e venda. O depoente acrescenta que as razões de seu irmão, Cláudio Mendonça, não desejar que o empréstimo fosse realizado se deve ao fato do Riva ser um político que tinha a fama de ter problemas com a Justiça.
Outro lado
O advogado de Janete Riva, Rodrigo Mudrovitsch, afirmou ao Olhar Jurídico na última sexta-feira (20), que ainda não havia sido citado para apresentar defesa. A reportagem tentou entrar em contato com o advogado nesta terça-feira (24), mas até a publicação da matéria, os telefonemas não foram atendidos ou retornados. Na semana passada, ao comentar o caso, Mudrovitsch afirmou que a denúncia tem como alvo atingir o ex-deputado José Geraldo Riva, preso desde o dia 21 de fevereiro e criticou o vazamento da denúncia.
O pedido de indisponibilidade feito pelo MPF foi obtido com exclusividade pelo Olhar Jurídico e não foi divulgado pela instituição, até porque o processo segue em segredo de justiça. A assessoria de imprensa do MPF informou que segue a risca a determinação de sigilo da Ararath.
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