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PF encerra investigação e MPE pode denunciar doleiro Marson Antônio da Silva

PRISCILLA VILELA

O delegado Marco Aurélio Fávari, da PF, que
comandou as investigações sobre a atuação
de quadrilha em MT
O doleiro Marson Antônio da Silva continua preso, quase 30 dias após ter sido apontado pela Polícia Federal como um dos principais operadores de uma quadrilha de tráfico internacional de drogas, que tinham Cuiabá como centro de operações, na denominada “Operação Soberba”.

O inquérito da Polícia Federal foi encerrado e segue agora para análise do Ministério Público Estadual (MPE), que pode oferecer denúncia contra o acusado.

Marson Antônio da Silva foi preso no dia 29 de janeiro deste ano, após ter sido apontado pelas investigações realizadas pela Operação Soberba como o financiador de uma quadrilha de narcotráfico, que utilizava Cuiabá como centro de distribuição de entorpecentes obtidos na Bolívia, para a Europa e Minas Gerais.


“Por ter influência no mundo financeiro, era o responsável por conseguir meios para que o dinheiro dos traficantes brasileiros atravessasse a fronteira e chegasse até os traficantes bolivianos, e vice e versa”, disse o delegado responsável pelo caso, Marco Aurélio Fávari, no dia da prisão.

Além do doleiro,foi presa a advogada Janaína Passadore, que, segundo a investigação da Polícia Federal, teria excedido o papel de advogada do grupo criminoso e se aproveitado das informações privilegiadas que obtinha como operadora do Direito, para beneficiar e informar os traficantes.

Soberba

Cuiabá e Várzea Grande se tornaram o centro de distribuição de drogas da quadrilha desmantelada pela Operação Soberba.

Por fazer fronteira com a Bolívia, país onde o entorpecente era obtido e, por estar no centro do mapa do Brasil, facilitando a distribuição para outros locais, Mato Grosso se tornou o ponto de base ideal para suporte do tráfico.

As investigações se iniciaram há aproximadamente um ano e estavam baseadas em Cuiabá e Várzea Grande.

Durante as investigação, foram lavrados cinco autos de prisão em flagrante, 11 mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária, 13 mandados de condução coercitiva e 18 mandados de busca e apreensão, em Cuiabá, Várzea Grande, Mirassol D'Oeste, Barão dos Cocais, Inhapim, Coronel Fabriciano e Governador Valadares (MG) e em São Paulo e Guarulhos (SP).


No total, foram apreendidos 218 quilos de pasta base de cocaína, além de um quilo de cloridrato de cocaína, 195 mil dólares, R$ 34 mil, além de diversos veículos.

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