O ex-secretário de Fazenda e da Secopa, Eder Moraes (hoje PHS),
deixará o Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), hoje (15), às 14h, para depor na
CPI das Obras da Copa. Ele vai ser escoltado por seis agentes penitenciários,
mas ainda não há definição sobre a necessidade de usar ou não algemas, medida
tomada com presos que oferecem risco. A informação é da secretaria de Justiça e
Direitos Humanos (Sejudh). O Rdnews vai acompanhar o depoimento em tempo real.
A Sejudh não quis dar mais detalhes sobre a entrada do
ex-secretário na Assembleia para preservar a segurança do réu detido na sétima
fase da Operação Ararath, ocorrida em 1º de abril, pela Polícia Federal.
O início da CPI, marcado para às 14h, pode atrasar em razão da
saída de Eder estar marcada para o mesmo horário. A oitiva com o secretário
será uma dentre as várias solicitadas pelos membros da Comissão. Até o momento,
o secretário do Gabinete de Projetos Estratégicos, Gustavo de Oliveira, e o
controlador-geral do Estado, Ciro Rodolpho Gonçalves, foram as primeiras
testemunhas ouvidas.
Ainda estão previstos, no dia 22, às 14h, os depoimentos do
representante legal do Consórcio Planserv, Valter Boulos, para revelar mais
detalhes sobre os relatórios emitidos que traziam atrasos e falhas nas
intervenções, e o superintendente regional da Caixa Econômica Federal em Mato
Grosso, Carlos Roberto Pereira, para explicar o que motivou a liberação dos
recursos, mesmo diante do registro das obras inacabadas.
No dia 28, às 9h, há a expectativa do testemunho do ex-governador
Silval Barbosa (PMDB), do gerente da Executiva de Governo de Cuiabá (GIGOV/CB),
Manoel Tereza Pereira dos Santos, por ser o responsável no Executivo pelos
projetos referentes às obras, e do professor da UFMT, Luis Miguel de Miranda,
doutor em Engenharia de Trânsito, pelos apontamentos feitos sobre possíveis
irregularidades na execução das obras.
Em 5 de maio, às 9h, a CPI deve receber o ex-presidente da
Assembleia José Riva (PSD), que também está preso na CCC.
A CPI das Obras da Copa foi instalada no início de março e conta
com Oscar Bezerra (PSB) como presidente; Mauro Savi (PR) como relator; além dos
deputados Dilmar Dal Bosco (DEM), Wagner Ramos (PR) e Silvano Amaral (PMDB)
como membros titulares. O prazo para conclusão dos trabalhos é de 180 dias. “Queremos
entender o que aconteceu. Agora é hora de contar a ‘historinha’ com detalhes
para que as investigações se consolidem”, disse Oscar. FONTE: Tarso Nunes e Patrícia Sanches
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