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Mercado imobiliário tem o pior mês de abril em dez anos

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Do céu ao inferno: um dos setores mais aquecidos da economia vive agora um período de esvaziamento, silêncio e desemprego. Dados do Ministério do Trabalho apontam o abril de 2015 como o pior em dez anos para o setor imobiliário. A diferença entre as vagas geradas e as demissões ficou negativa em 19 mil. Para se ter ideia, no mês de abril em 2005, há dez anos, o saldo era positivo em 35 mil vagas.
O resultado são os balcões vazios, telefones que quase não tocam. E os corretores trancafiados nos escritórios. O setor, que vinha aquecido por causa da alta demanda por moradia, mas perdeu força em meio à crise econômica, restrição no crédito e mudanças nas regras de financiamento.
Quem trabalha no setor diz que o movimento nas imobiliárias já vinha em queda desde o início do ano; no mês passado, um golpe de misericórdia: as mudanças no financiamento da Caixa Econômica Federal para imóveis usados afastaram ainda mais os clientes das lojas. Quem tinha o sonho da casa própria, passou a vê-lo tão mais distante que nem sequer ousa pesquisar preços. O corretor Carlos Alberto diz que tem feito no máximo três visitas com clientes por semana. Um terço do que já fez um dia.

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