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Tema "tabu": Grupo defende taxação sobre soja em MT

De maneira ainda discreta, um grupo formado por economistas, professores, jornalistas e políticos começou a discutir um tema considerado "tabu" em Mato Grosso: a taxação da produção da soja e outros produtos destinados à exportação. O questionamento que permeia a discussão é simples: de que adianta desonerar a produção - e colaborar decididamente para o superávit da balança comercial brasileira - se a população do Estado não se beneficia diretamente disso? A alternativa seria suspender a Lei Kandir para o incremento da arrecadação do caixa estadual.

"De modo geral, a Lei Kandir, em vigor desde 1996, e que desonerou a produção agrícola nacional, não mostrou benefícios concretos a Mato Grosso. A nossa soja é desonerada e o Estado não possui indústria de beneficiamento e agregação de valor", disse um dos estimuladores do debate. "Em síntese, a nossa soja não contribui para gerar distribuição de renda e qualidade de vida aos mato-grossenses, mas sim para engordar porcos na China", radicalizou outro.


Outro problema é que o Governo Federal, via de regra, não cumpre com os mecanismos de compensação previstos pelas perdas da Lei Kandir. Mato Grosso deixa de arrecadar, em média, por ano, R$ 1 bilhão. O Fundo de Fomento às Exportações (FEX) referente a 2014, que deveria repor parte do prejuízo, estimado em R$ 400 milhões, até agora não foi repassado aos cofres estaduais.

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