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Madeireiros e políticos querem derrubar secretária; Ana tenta desburocratizar Sema

Secretária de Meio Ambiente do Estado,
Ana Luiza Peterlini, enfrenta pressão
A pasta do Meio Ambiente do Estado, que enfrenta tantas problemáticas, como corrupção, desmatamento e investida dura do setor madeireiro e de grupos de servidores, jogou a secretária Ana Luiza Peternili para dentro de uma panela de pressão. De um lado, ela se vê impotente por causa dos trâmites burocráticos e da falta de recursos para atender demandas. Mas, por outro, esperneia como pode, com uma gestão austera e torcendo para que a tampa resista por um bom tempo. A secretária até avisou que jogaria a toalha, mas foi convencida a prosseguir no cargo pelo próprio governador Pedro Taques.

Ana Luiza descobriu que, como promotora de Justiça, estava no paraíso e não sabia. Agora, na Sema, tem aguentado alguns desaforos. Sofre pressão de dentro e de fora. Internamente, de servidores, que querem melhor estrutura e aumento de vantagens, como de diárias. Fora da Sema, recebe “bordoada” de políticos e de empresários. No privado, foram ao governador pedir a “cabeça” da secretária. Alegaram, por exemplo, não ter cabimento aguardar por longo tempo por uma simples liberação de licença. Em público, preferem não se pronunciar.

Os sinais de “revolta” são emitidos por aqueles que não querem que a pasta continue controlada por uma gestora considerada linha dura, intransigente no combate à corrupção e extremamente técnica.

Para eles, a secretaria se tornou burocrática e o excesso de zelo está travando os processos de vistoria, de manejo e de licenciamento. E isso reflete na mão-de-obra, na produção e traz prejuízos milionários ao setor madeireiro. Sob alerta de Taques desde o início da gestão, Ana Luiza trabalha com os dois olhos voltados ao combate de eventuais esquemas de corrupção, práticas consideradas corriqueiras em outras épocas.


E para amenizar tanta pressão, deputados e o governo até fecharam um acordo. Aprovaram uma lei complementar que, na prática, dispensa vistoria técnica prévia de projetos de manejo florestal. Mas isso abre precedente perigoso. Ganha-se em agilidade. Mas perde-se em segurança e sustentabilidade.

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