Rede de prostituição foi descoberta em Ibaiti, no norte
pioneiro do Paraná. Marlei Ferreira Siqueira, ex-prefeito da cidade, foi preso
no Mato Grosso.
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) cumpriu o último
mandado de prisão da Operação Alcova, que investiga um grupo criminoso
envolvido em uma rede de exploração sexual de adolescentes em Ibaiti, no norte
pioneiro do Paraná. Segundo os promotores, o ex-prefeito da cidade, Marlei
Ferreira Siqueira, é suspeito de participar do esquema.
Siqueira foi preso em Pontes e Lacerda(MT), na segunda-feira
(17), com o apoio do Núcleo de Inteligência da Delegacia Regional do município.
O MP-PR informou que o suspeito foi prefeito de Ibaiti na
gestão 1989-1992, e concorreu novamente à prefeitura da cidade em 2012 e 2016.
Conforme informações divulgadas peloTribunal Superior Eleitoral (TSE), Siqueira
renunciou à candidatura deste ano. A renúncia foi homologado pela Justiça
Eleitoral em 29 de agosto.
Segundo o MP-PR, Siqueira já foi denunciado pelo crime de
favorecimento à prostituição de adolescentes. O processo corre sob segredo de
justiça.
A operação havia sido concluída na sexta-feira (14),
conforme informações do MP-PR, com a prisão preventiva de duas pessoas, por
tempo indeterminado.
Os outros presos foram o policial civil e vereador eleito
Elielson Carlos Araújo (PTB), conhecido como Tiguera, e uma mulher, que tinha
um estabelecimento que explorava a prostituição.
O outro lado
A advogada Marilza Mattiolli, que defende Elielson Carlos
Araújo, informou que a inocência de seu cliente será provada no decorrer do
processo. Mattiolli, disse que vai entrar com habeas corpus em favor de seu
cliente.
André de Moraes Maximino, advogado de Marlei Ferreira
Siqueira, vai entrar com habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça do Paraná
(TJ-PR).
As defesas acreditam que não há motivos para decretar a
prisão dos dois, pois ambos têm os requisitos para responder em liberdade.
Investigações
As investigações do caso começaram no início de setembro,
depois que o MP-PR recebeu denúncias pelo Disque 100 e a informação de que uma
adolescente apresentava comportamento anormal na escola. Com ajuda do Conselho
Tutelar, descobriram a ligação da jovem com uma pessoa que agenciava encontros
sexuais.
“Com o início das apurações, conseguiram o telefone da
mulher, que foi interceptado com autorização da justiça”, conta Lopes. Segundo
o promotor, com o conteúdo dos telefonemas, foi identificada a existência de
uma casa de prostituição em Ibaiti e também foram identificadas adolescentes
frequentando o local.
“A intenção é que com as prisões, a gente consiga que outras
pessoas que também sejam vítimas procurem o MP-PR para prestar esclarecimento”,
diz o promotor.
Quem tiver informações, pode fazer denúncias pelo telefone
da 1ª Promotoria de Ibaiti: (43) 3546-3500.
Fonte: Lacerda Net
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