Em depoimento a Sergio Moro, o ex-tesoureiro petista Paulo Ferreira desmontou uma lorota sustentada pela direção do PT federal há dois anos e meio. Pela primeira vez, o ex-gestor das arcas petistas admitiu que a legenda recebeu “verbas informais”, eufemismo para propinas.
Para não deixar dúvidas no ar, o juiz da Lava Jato indagou: “O Partido dos Trabalhadores tem feito declarações públicas de que eles não trabalham com rtecursos não-contabilizados. O senhor está afirmando algo diferente… O senhor saberia me explicar essa contradicão?”
Paulo Ferreira respondeu: ”É um problema da cultura política nacional, doutor Moro. Eu não estou aqui para mentir para ninguém. Estou aqui para ajustar alguma dívida que eu tenho. Negar informalidades nos processos eleitorais brasileiros, de todos os partidos, na minha opinião, é negar o óbvio.”
Não é que o PT seja mentiroso. A legenda apenas possui uma verdade, digamos, múltipla.