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PCC e militantes do PT atuavam juntos para coagir sem-teto, diz MP


Em uma denúncia do Ministério Público, assinada pelo promotor Cassio Roberto Conserino, dezenove integrantes de movimentos sem-teto de São Paulo são acusados do crime de extorsão por invadir edifícios para cobrarem aluguel das vítimas, além de serem compelidos a votarem nos candidatos do Partido dos Trabalhadores (PT).

Segundo Conserino, caso as vítimas não pagassem, os criminosos “perpetravam todo tipo de ameaças e/ou violência para expulsar o ‘inadimplente’ do edifício”. O PCC auxiliava a liderança na realização de pressão.


A denúncia também traz a informação que os moradores eram compelidos “a votar em integrantes do PT, mudar o título eleitoral para o centro de São Paulo, participar de invasões a novos prédios e, por fim, participar de atos em apoio ao ex-presidente Lula e à ex-presidente Dilma”.

A denúncia é resultado de uma investigação que começou após o incêndio e o desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida, ocorrido em maio do ano passado, no Largo do Paissandu, no centro de São Paulo. Sete pessoas morreram com o incêndio e desabamento do prédio.

Segundo o ministério, testemunhas afirmam que pagavam um valor mensal entre R$ 150 e R$ 400 aos integrantes dos movimentos sem-teto e que havia também ameaças e agressões aos que atrasavam o pagamento das taxas. Além disso, as testemunhas dizem que pagavam taxas de manutenção dos edifícios e, ainda, suborno a fiscais.

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