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Bancada evangélica é 13% mais governista


A proximidade crescente entre o presidente Jair Bolsonaro e o eleitorado neopentecostal tem surtido efeitos no Congresso Nacional. A bancada evangélica da atual Legislatura, que tem 195 dos 513 deputados – equivalente a 38% do total de parlamentares – é a mais governista dos últimos cinco mandatos presidenciais. Especialistas ouvidos pelo Estado divergem ao analisar as causas desse estreitamento de laços e o resultado disto para o futuro político do presidente.

Levantamento a partir do resultado de todas as votações da Câmara dos Deputados neste ano, feito pelo Estadão Dados usando a ferramenta Basômetro – que analisa o grau de “governismo dos parlamentares –, mostra que, de todos os votos registrados por evangélicos, 90% foram a favor do governo.

Na Câmara como um todo, essa taxa é 13 pontos porcentuais menor: 77%. O cálculo leva em consideração todas as votações em que o governo orienta sua base, ou seja, indica como o deputado deve votar. No governo Michel Temer, a vantagem evangélica foi de 12 pontos.

A diferença é em relação aos governos do PT. Nos mandados dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, segundo a análise, a bancada evangélica acompanhava o nível de governismo da Câmara, sem alterações relevantes. A diferença no porcentual de governismo entre Câmara e evangélicos não passou 3 pontos nos governos petistas. Com Bolsonaro, o “governismo” evangélico é 13% maior.

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