O ex-PM Élcio de Queiroz, um dos suspeitos de matar a
vereadora Marielle Franco, já havia negado a investigadores que tivesse citado
a casa 58 para o porteiro quando visitou o condomínio em que vive Jair
Bolsonaro, no Rio —o imóvel é do próprio presidente.
“Isso já havia sido esclarecido nos autos há bastante tempo.
Ele foi à casa do Ronnie Lessa [outro suspeito do crime e vizinho de
Bolsonaro]. Nunca disse na entrada que iria na casa do presidente”, diz o
advogado Henrique Telles, que defende o ex-PM.
“O porteiro anotou o número errado da casa. O problema é
dele”, segue Telles, afirmando que os investigadores mostraram a Élcio de
Queiroz os registros da guarita do condomínio com o número 58 ao lado de seu
nome. “Ele disse que estava errado.”
Na terça (29), o Jornal Nacional revelou que o porteiro não
apenas anotou o número da casa de Bolsonaro nas planilhas —mas também afirmou
ter interfonado para a residência e falado com o “Seu Jair”. Detalhe: o
presidente estava em Brasília.
O próprio Ministério Público do Rio afirma que o porteiro
mentiu.
MÔNICA BÉRGAMO
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