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A (des)educação de Paes

 

Após negativa veemente durante a corrida pela Prefeitura do Rio de Janeiro, acerca da existência de acordo de entrega da Educação para o PSOL, Paes entrega a pasta a Renan Ferreirinha (PSB), oriundo de escola globalistas, e nesta quarta-feira (5), foi anunciado por Tarcisio Motta (PSOL), via perfil no Twitter, seu intento de presidir a Comissão Especial de Educação na Câmara de Vereadores do Município. Segundo Motta:

Nos últimos 4 anos, nosso mandato esteve na linha de frente pela educação. Mas chegou a hora de ir além: queremos presidir a Comissão de Educação da Câmara e fazer dela um espaço ativo, participativo, um instrumento de luta a serviço de todos os cariocas!”

Assista aqui!

Ainda, o presidente da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, Carlo Caiado (DEM) demonstra pleno alinhamento ao Prefeito Paes, à Cesar Maia (vereador pelo Rio de Janeiro) e ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.

Este alinhamento sinaliza a clara possibilidade de que Motta alcance o posto desejado.

Em se confirmando este cenário, teremos a seguinte tutela da educação no Rio de Janeiro: Renan Ferreirinha (PSB)  e Tarcisio Motta (PSOL).

Ferreirinha, que se encontra licenciado do mandato de deputado estadual desde que foi convidado para assumir a Secretaria de Educação no governo Paes, foi responsável pela “lei do lockdown“.

A referida lei daria poderes ao então governador Wilson Witzel (PSC) para declarar o fechamento de todas as atividades do Rio de Janeiro quando entendesse necessário.

Witzel, um notório adversário do Presidente Bolsonaro, certamente utilizaria esse instrumento legal para fustigar o governo federal pela concessão agravada de recursos.

Tal possibilidade gerou manifestação popular e, no dia da votação, a lei foi derrubada, após manifestações de conservadores em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ).

Na ocasião o deputado estadual Marcio Gualberto (PSL), conversou com ativistas na porta da ALERJ, tendo atuação decisiva na derrota da proposta.

Estes eventos fortaleceram as movimentações para o Impeachment do então governador, Wilson Witzel.

Ferreirinha é formado em Economia e Ciência Política em Harvard (EUA), com bolsa integral por necessidade financeira e tem como principal bandeira a Educação.

Aqui há clara semelhança com a deputada federal Tabata Amaral, famosa por seus embates com os ex-ministros da Educação Ricardo Vélez Rodriguez e Abraham Weintraub.

Abraham Weintraub em específico, travou ferrenha batalha contra os “Campeões da Educação”, grandes grupos educacionais, com plataformas de ensino unificadas, com parâmetros de conteúdo educacional globalistas.

Apesar de egresso do Colégio Militar do Rio de Janeiro, em Harvard, Ferreirinha teve como orientador o filósofo político Michael Sandel.

Sandel, filósofo político e palestrante, é autor de obras como “a ditadura do mérito – o que aconteceu com o bem comum?” e “O que o dinheiro não compra. Os limites morais do mercado”.

Formado em 2017, voltou ao Brasil na condição de empreendedor social e ativista pela educação. Co-fundou o movimento Mapa Educação e fundou o movimento político Acredito. É também sócio-efetivo do Todos pela Educação e faz parte dos programas de lideranças da Fundação Estudar, da Fundação Lemann, Renova BR e da Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (RAPS).

Um perfeito representante da “Bancada Lemann”.

Tarcisio Motta(PSOL) tem sido frequentemente citado por seu último feito: ter sido o vereador mais votado no Rio de Janeiro.

O vereador, reeleito em vários mandatos, ficou famoso no Rio de Janeiro, causando repulsa nos pais dos alunos do Colégio Pedro II por incentivar os meninos ao uso de saias, no uniforme, no lugar da calça masculina.

As ações de Motta no Pedro II ensejaram processo judicial por improbidade administrativa movido pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, como noticiado no G1 Rio, por Carlos Brito, em  09/03/2017, confira:

O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF-RJ) moveu ação por improbidade administrativa contra o Sindicato dos Servidores do Colégio Pedro II (Sindscope), o Partido Socialismo e Liberdade – Rio de Janeiro (PSOL-RJ), o reitor do Colégio Pedro II, Oscar Halac, o professor do Colégio Pedro II e vereador, Tarcísio Motta de Carvalho, além de outros três professores e dois servidores do Colégio Pedro II.

Segundo o órgão, a ação foi motivada por atos de improbidade administrativa ocorridos dentro do Colégio Pedro II na unidade São Cristóvão II, que chegaram ao conhecimento do MPF-RJ por meio de representações e depoimentos prestados por pais de alunos da instituição. Eles alegam que o Sindscope fundou um núcleo do PSOL dentro do colégio, o que foi comprovado durante a tramitação de procedimento administrativo.

O MPF-RJ também apurou que, nas eleições municipais em 2016, houve propaganda eleitoral explícita em favor do candidato do PSOL Marcelo Freixo e do professor Tarcísio Motta de Carvalho, realizados por servidores dentro do Colégio Pedro II com a distribuição de material de campanha.

A ação ainda argumenta que o Sindscope ocupa, de forma irregular, as dependências da escola, já que o contrato de cessão de espaço terminou em janeiro de 2016 sem que houvesse renovação do dispositivo. A instituição de ensino solicitou ao sindicato a devolução do espaço para que fossem criadas novas salas de aula, mas o Sindscope permaneceu no local sem que o reitor tomasse providências para reincorporar o espaço.

Na ação, o MPF requer a aplicação de multa por dano moral coletivo ao Sindscope, ao PSOL, ao reitor e à diretora do sindicato, e a condenação dos réus às penas previstas na Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/92, art. 12).

Por meio de sua assessoria de imprensa, o vereador Tarcísio Motta informou que nunca houve fundação de núcleo do PSOL, reunião político-partidária da legenda ou qualquer debate ou atividade de propaganda promovida pelo partido nas dependências do Colégio Pedro II. Ele afirmou, ainda, ter cumprido o afastamento obrigatório determinado pela legislação eleitoral para concorrer ao cargo de vereador.

Tarcísio disse que no dia 22 de novembro de 2016 prestou esclarecimentos que foram ignorados pelo Ministério Público. Ele lamentou a formulação do processo que, nas palavras do vereador, ‘é baseado apenas em preconceitos politico-ideológicos'”.

Porém, a versão de Tarcísio não se sustenta ao ter acesso à peça do MP, onde existe menção da comprovação de tais atos por meio de processo administrativo disciplinar, o texto do trecho é:

Em síntese, alegam os pais de alunos, o que veio a ser comprovado durante a tramitação do Procedimento Administrativo em epígrafe, que o SINDICATO DOS SERVIDORES DO COLÉGIO PEDRO II (SINDSCOPE), ora Réu, fundou dentro da repartição pública de ensino um núcleo do partido político denominado PSOL (Partido Socialismo e Liberdade), objetivando:

  1. i) realizar reuniões político-partidárias do PSOL dentro do Colégio Pedro II, já que a sede do SINDSCOPE está situada neste Colégio;
  2. ii) doutrinar alunos na ideologia esquerdista comunista;

iii) formar alunos para serem militantes do PSOL; e

  1. iv) realizar campanha eleitoral do PSOL dentro do Colégio Pedro II.

Importa registrar que, nas eleições municipais em 2016, houve propaganda eleitoral explícita em favor do candidato do PSOL MARCELO FREIXO, realizada por servidores públicos do Colégio Pedro II, ora Réus, dentro da repartição pública, inclusive com a distribuição de adesivos e panfletos eleitorais a alunos e servidores com a inscrição ‘Freixo 50’”.

Esse arranjo pretendido por Paes para direcionar a educação fluminense se torna possível pelo clima existente na Câmara do Rio, já perceptível em duas ocasiões, confirmando o que foi denunciado pelo então prefeito Marcello Crivella, durante live com Otoni de Paula, realizada de Brasília, em 19 de novembro de 2020, após o primeiro turno das eleições.

O anúncio na ocasião foi fortemente repudiado pelo uso, pelo então Prefeito, da palavra “pedofilia”. Confira as falas do então Prefeito:

“MARCELO CRIVELLA (13min48seg): Concentrou aí vários inimigos do presidente Jair Bolsonaro. Agora, tem um inimigo que queria acabar com o Bolsonaro, se pudesse dar outra facada no Bolsonaro, que é o PSOL, o PSOL ‘tá’ com o Eduardo Paes, o PSOL dizem vai tomar conta da secretaria de educação.

OTONI DE PAULA (14min02seg): De educação. Já ‘tá’ negociando. É o que a gente ‘tá’ sabendo.

MARCELO CRIVELLA (14min07seg): Agora você imagina em Pedofilia nas escolas. Eu fico imaginando um irmão meu, evangélico, batista, metodista, assembleano, alguém da Universal, o metodista… imaginando, Jesus disse para nós que o reino de Deus é das crianças, deixai vir a mim os pequeninos porque deles é o reino do céu. Quem recebe uma criança, recebe a mim. Jesus se comparou às crianças. E nós vamos aceitar pedofilia na escola, no ensino infantil?”

Diante do histórico trazido nesta matéria, não procede a interpretação do Ministério Público na denúncia contra Crivella, pela suposta prática de “crime eleitoral”.

O ex-prefeito não se referia à polêmica do “Kit Gay”, mas à postura de Tarcísio Motta no Pedro II e a uma das bandeiras do partido que se refere à educação sexual nas escolas.

A abordagem da temática com crianças, retira o direito à inocência durante esta fase da vida.

O mesmo se dá com a introdução do debate de liberação de drogas nas escolas, haja vista que o PSOL tem pautas liberais em relação à política de drogas.

Por fim para que se entenda como se dará a união dessas duas forças, temos Carlo Caiado na Presidência da Câmara de Vereadores, na qual Cesar Maia e Motta utilizam enormes períodos do tempo de votação, inclusive falando como lideranças partidárias, para fazer discursos citando Gramsci e atacar o Presidente Jair Bolsonaro.

Tal fato é verificável no acompanhamento das sessões da casa no canal do YouTube e pela publicação de atos oficiais no portal, com início da fala que ora se transcreve:

Data da Sessão:     03/12/2020       Hora:    15:19

Texto

O SR. CESAR MAIA – Senhora Presidente, o político e sociólogo, grande homem desse início do século XX, Gramsci, que todos nós admiramos, fez uma série de artigos no ano de 1917, que a Editora Boitempo publicou agora. E a chamada do livro é “Odeio os indiferentes”.

O terceiro é exatamente “Os indiferentes”, página 32:

“Odeio os indiferentes. Creio, como Frederich Hebbel, que viver quer dizer tomar partido. Não podem existir os que são apenas homens, estranhos à cidade. Quem vive verdadeiramente não pode não ser cidadão, assumir um lado. Indiferença é apatia, parasitismo, velhacaria, não é vida. Por isso odeio os indiferentes.

A indiferença é o peso morto da história. É a bola de chumbo dos inovadores, é a matéria inerte na qual afundam rapidamente os entusiasmos mais esplêndidos, é o pântano que cerca a velha cidade e a defende melhor que as mais rígidas muralhas, melhor que o peito de seus guerreiros, porque envolve em seus vórtices lodosos os agressores, dizimando-os e desencorajando-os até que desistam do empreendimento heroico”.

Assista aqui!

Substitua “indiferentes” por “liberais e conservadores” e inovadores por “revolucionários” e terá o verdadeiro sentido do texto, que foi louvado por Motta.

Esse é o pensamento do patriarca da família Maia. Genitor de Rodrigo Maia, que por sua vez lidera a Frente Ampla esquerdista, que sabotou o governo Bolsonaro por dois anos e agora tenta, via coalizão, lançar Baleia Rossi (MDB) à Presidência da Câmara dos Deputados.

Carlo Caiado (DEM) pelo visto na cerimônia de posse, tem verdadeira devoção por Cesar Maia, Rodrigo Maia e Paes, companheiros de legenda. Atender ao pedido destes não seria nenhum problema.

Globalismo e comunismo: a base da educação que as crianças do Rio de Janeiro receberão na gestão Paes.

 Renata Araujo, para Vida Destra, 07/01/2021.          

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