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Anvisa deve liberar vacina da Astrazeneca antes da Coronavac

 


A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) deverá liberar o uso emergencial da vacina da Astrazeneca antes da Coronavac. Ambas fizeram o pedido oficial de registro nesta sexta-feira (8), mas a farmacêutica inglesa estava já muito à frente da chinesa na apresentação de documentos prévios. Mas esse não é o único motivo. A Astrazeneca tem pedidos de uso emergencial já aprovados em outros países – Inglaterra e Argentina. A Coronavac tem uso aprovado na China, mas com base nos estudos da fase 2, e não da 3, como a legislação brasileira exige.

A forma como o Butantan apresentou seu pedido também integra a avaliação. O instituto anunciou que apresentaria nesta quinta-feira (7) a solicitação, após uma primeira reunião com a Anvisa. O instituto agendou uma nova reunião para as 17h com o objetivo de apresentar o pedido, que inclusive chegou a ser anunciado pelas autoridades paulistas, que depois recuaram.

Uma nova reunião foi agendada para as 10h desta manhã para que fosse apresentada, mas o instituto preferiu apresentar primeiro o pedido para depois se reunir com as autoridades paulistas.

Um outro motivo é a forma como foram apresentados à imprensa os dados. Faltaram, por exemplo, dados sobre efeitos colaterais ou subgrupos específicos. Ou ainda como se chegou ao cálculo de 78% de eficácia. Se esses dados, comuns nas apresentações mundo afora, faltarem, o processo será paralisado.

As análises dos documentos das duas farmacêuticas, apresentados pela Fiocruz (Astrazeneca) e pelo Butantan (Coronavac), estão sendo feitas, e uma primeira avaliação sobre eventuais omissões, pela lei, é preciso ser apresentada em até 24 horas a partir do pedido. Se isso ocorrer com alguma delas, o processo de autorização na Anvisa é paralisado até que a questão seja sanada.

A expectativa é de que já na semana que vem o país já tenha a primeira vacina com uso emergencial liberada para utilização. O problema é que, se for a Astrazeneca, ainda não haverá vacina para ser aplicada, uma vez que, ao contrário da Coronavac, elas não estão em solo brasileiro.

CNN BRASIL

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