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Nascemos sozinhos, sozinhos iremos morrer, mas e nesse tempo?


Por Dorjival Silva

 O sábio Voltaire falou sobre esse tema, se expressando assim: “Nós nascemos sozinhos. Nós vivemos sozinhos. Nós morremos sozinhos. E qualquer coisa nesse intervalo que possa nos dar a ilusão de que não estamos sós, nós nos agarramos a ela”.

O pensamento teológico diverge pelo menos sobre a solidão apontada por Voltaire no campo entre nascer e morrer. Veja o que disse Deus: "Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda". Gêneses 2:18.

Meu raciocínio é que para o indivíduo chegar à luz, não tem como escolher, por exemplo, os pais, a gestação, a própria vida. Visto que tudo depende de muitos fatores biológicos até o nascimento.

Imagino que ao dizer “nascemos sozinhos”, Voltaire quis dizer que somos atirados nesse mundo despidos de vestes, arrancados de um espaço diminuto que é a barriga da mamãe para um mundo infinito, e para os adultos terem a certeza de que caímos no lugar certo, levamos a primeira bordoada: um tapinha no bumbum... e nossos pulmões se abrem junto a indignação de que talvez não vamos nos dar bem nesse mundo, a princípio, tão violento e que invade sem preâmbulos a nossa privacidade.

De fato, apesar da colaboração de muitos fatores, nós viemos sozinhos para o mundo material. Sem direito a retorno.

Assim, como “saímos” sozinhos daquele mundo diminuto que é a barriga da mãe, para o mundo material, também “deixamos”, sozinhos, a materialidade para entrar na dimensão do espírito. No nascer e morrer não há companhia. É ato solitário. 

Já no hiato entre o nascer e o morrer, há oportunidades para o ser não permanecer sozinho. O fundamento, ao meu ver, está na citação bíblica acima.

Pensando na solidão do ser, o Criador teve o cuidado de preparar para o ser outros seres para estarem por perto.  Fazendo companhia mútua por meio da afetividade, cordialidade, amizade, etc.

Portanto, o viver sozinho é opcional. O indivíduo tem a faculdade de escolher viver sozinho ou acompanhado. É de livre arbítrio.

Em um planeta onde existem cerca de 10 bilhões de semelhantes, vive sozinho quem opta livremente por esse tal estilo de vida pessoal. Ninguém é obrigado também ter companhia.

Em resumo diria: quer ficar “sozinho”, fique. Só não saia dizendo que ninguém gostaria de ter sua companhia diária. Ou talvez, infinita. 

Se Deus permite a solidão do nascer e do morrer, na vida, Ele nos dar muitas oportunidades de ter boas companhias. Inclusive, um grande AMOR para nos alegrar e nos dar sentido a vida. 

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