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Prefeito Alexandre Kalil queria igrejas fechadas porque prefere bar e uísque

 


O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, é um daqueles políticos à moda antiga, tipo ainda comum no país. Vestindo o figurino populista, seduz o eleitor com seu estilo pretensamente despojado, sincerão e ligeiramente vulgar. No domingo (04), Kalil ingressou no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar derrubar a liminar que permite celebrações religiosas presenciais durante a pandemia do coronavírus, concedida no sábado (03) pelo ministro Nunes Marques. Se queria holofotes conseguiu, a polêmica ocupou o noticiário deste ainda triste fim de semana de Páscoa, em que as pessoas queriam compartilhar momentos de fé, respeitando protocolos sanitários, autorizadas pela principal corte do país.

Diante do episódio, uma entrevista do prefeito de Belo Horizonte ao programa Aqui com o Benja, apresentado pelo jornalista Benjamin Back para o canal a cabo Fox Sports voltou a ser lembrada e mostra bem que o prefeito é a pessoa menos indicada a julgar o assunto. Back pergunta a Kalil - que se diz católico - se ele é religioso. A resposta vem na lata, surpreendente bem ao seu estilo, "bateu levou":


- Eu quando eu falo em Deus, começam a me chamar para igreja não, eu gosto de bar de uísque, não chama para igreja, é um saco ir para igreja rezar

 

Na época, em 2016, Kalil disputava a eleição para a prefeitura de Belo Horizonte com João Leite e conseguiu impedir na Justiça que o vídeo fosse utilizado na campanha do concorrente. O adversário acusava Kalil de não respeitar as religiões, mas a assessoria de imprensa do então candidato alegou que o vídeo foi editado fora do contexto. Fora do contexto parecem as opiniões de Kalil sobre quem - no momento da maior tragédia do país - é proibido, ainda que respeite todos os protocolos sanitários, de buscar algum conforto em templos e igrejas e ouvir palavras que acendam a fé num momento tão duro. R7

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