Por Dorjival Silva
A Polícia Federal quebrou os sigilos bancário e fiscal de 36 pessoas jurídicas e físicas, e pediu o bloqueio de R$ 20 bilhões em movimentações suspeitas dos investigados durante operação nesta quinta-feira (29) contra a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas em São Paulo.
A ‘Operação Rekt’ também cumpriu quatro mandados de busca e apreensão na capital paulista e na cidade de Limeira, no interior de São Paulo.
Dos 36 investigados, 32 eram pessoas jurídicas e quatro pessoas físicas. Segundo a PF, em apenas uma das contas bancárias foi efetuado o bloqueio de R$ 110 milhões de uma corretora de criptoativos.
De acordo com os federais, a investigação apurou um grande esquema de lavagem de dinheiro envolvendo empresas de fachada, cadastradas em nome de ‘laranjas’. As contas bancárias dessas pessoas jurídicas foram usadas por traficantes de drogas, presos na chamada ‘Operação Planum’, deflagrada em outubro de 2018.
Analisando as informações obtidas nas buscas em 2018 e em relatórios de inteligência financeira, foram descobertas transações atípicas bilionárias cujo destino principal era a compra de criptoativos. As diligências desta quinta (29) tem a finalidade de bloquear o patrimônio da organização criminosa em favor da União.
“O nome da operação ‘Rekt’ refere-se a uma gíria usada no mercado de criptoativos, que significa a perda severa de patrimônio decorrente de uma transação equivocada ou investimento mal feito”, informou um comunicado da PF nesta quinta (29).
Segundo a PF, os investigados poderão ser indiciados pela prática dos crimes de organização criminosa, com pena 03 a 08 anos e multa, e de lavagem de dinheiro, com pena prevista de 03 a 10 anos e multa. Os mandados judiciais foram expedidos pela 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo/SP.
G1
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