O povo Enawene
Nawe, formado por 9 clãs localizados nos municípios de Juína e Comodoro, estado
do Mato Grosso, está há 12 anos reivindicando a construção de uma escola
estadual indígena para atender aos membros de sua comunidade.
Nesse tempo todo,
crianças da educação infantil, adolescentes do ensino fundamental e jovens e
adultos matriculados no ensino médio, vêm assistindo aulas em um local
primitivo: uma palhoça improvisada onde abrigam-se para as aulas diárias, faixas
etárias diferentes. Cena de corta coração para quem ama a Educação.
De acordo com o indígena
Holikiari Enawene, que vem fazendo o trabalho de relações públicas do povo Enawene
Nawe, a educação em sua comunidade poderia estar muito mais elevada caso as
condições mínimas de infraestrutura estivessem adequadas.
Holikiari, em contato exclusivo com o Diário de Tangará fez a
seguinte observação: “Por isso muito
preocupação caso sem escola estadual aqui na aldeia halataikwa, aqui tem pré
escola, ensino fundamental e ensino médio falta de sala de aula para
professores para ensinamentos dos alunos, muito dificuldade atendem alunos indígena enawene nawe, alunos precisarmos aprenderem português e línguas
maternas”.
Como se percebe, a
comunidade indígena enawene nawe já
conta com um sistema de educação pública implantado, com projeto pedagógico e
professores em ação. A dificuldade para avançar o ensino aprendizagem, reside
em grande parte, na falta de local adequado, com salas de aulas equipadas,
refrigeradas e mantidas pelo poder público.
Debaixo de uma única
palhoça, com o calor escaldante comum em Mato Grosso, crianças, adolescentes,
jovens e adultos se espremem diariamente para aprender o necessário visando melhor
integração com a sociedade.
A reivindicação dos
indígenas é mais que justa quando olhamos para o cenário histórico, humanitário
e inclusivo. O governo de Mato Grosso, ou quem quer que possa agir, precisa
construir essa unidade escolar para atender àquelas dezenas de estudantes
brasileiros, tão dignas quanto a chamada nação civilizada.
Por Dorjival Silva
LEIA TAMBÉM:
0 Comentários