Depois de ter enviado ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, um vídeo que mostra a execução de uma pessoa, o Núcleo de Assessoria Jurídica Universitária da UFRJ voltou atrás e pediu que o gabinete do magistrado desconsidere as imagens. Inicialmente, a informação era de que o vídeo havia sido gravado no dia da operação no Jacarezinho, na quinta-feira (10). No entanto, a ação ocorreu em fevereiro, no Rio Grande do Sul.
Baseado no material que recebeu, Fachin determinou que o Ministério Público do Rio investigasse indícios de execuções sumárias na ação que terminou com 28 mortos. Mesmo após ser alertado sobre a inautenticidade do vídeo, o ministro manteve o pedido de investigação.
O governador do Rio, Cláudio Castro, disse nesta terça (11) que o estado fará uma investigação transparente sobre a operação no Jacarezinho.
Foi Fachin quem determinou, em junho do ano passado, que as ações policiais nas comunidades do Rio fossem suspensas durante a pandemia e só ocorressem em casos excepcionais, devendo ser informadas e acompanhadas pelo MP.
A Polícia Civil garante que não houve nenhuma execução e que a ação foi feita de acordo com o que determina o STF. Ainda segundo a secretaria, os policiais revidaram de forma legal às agressões que sofreram de criminosos armados ao entrar na comunidade.
Morador disse que a polícia soube identificar os suspeitos
Em depoimentos, alguns moradores disseram que a polícia soube diferenciar quem eram os suspeitos. Um deles afirmou que gritou para alertar os agentes de segurança.
Outro morador viu pela TV que criminosos estavam em sua laje. Ele teria sido mantido como refém por 20 minutos.
O delegado Rodrigo Oliveira contou que além da troca de tiros, os homens armados ainda detonaram granadas durante a fuga.
Band
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