Colhi no ex-blog de César Maia, uma das cabeças pensantes do Democratas uma análise interessante sobre a indicação do presidente Lula, no caso a ministra Dilma Rousseff, na sua sucessão, e que realmente faz sentido.
"O ex-blog já fez alguns comentários sobre a percepção do eleitor em relação a candidatos no Brasil. Realmente, se o perfil/imagem de um candidato de um partido é muito diferente de outro candidato do mesmo partido, não há razão nenhuma no eleitor brasileiro para que mantenha seu voto dentro desse partido.
Lula é um personagem visto como de extração popular que subiu na vida. E, mesmo que já esteja de fato na classe média há mais de 25 anos, ou mais da metade de sua vida adulta, entendeu a importância de manter sua imagem de origem."
"Dilma é de outra 'família', assim como Dirceu, Palocci, Mercadante, Jacques Wagner, Tarso Genro, profissionais de classe média que se vestem, falam e pensam como classe média. É assim que o eleitor os vê.
Por isso, será muito difícil Lula transferir votos para quaisquer deles, além do que, a máquina conduzirá. Seria algo como o ex-presidente Fernando Henrique pedir votos para a ex-senadora Benedita".
Tenho pensado que é muito fácil transferir votos quando há uma boa liderança numa ponta e outra, considerada um bom produto, na outra. É só observar alguns exemplos no Mato Grosso, como até aqui em Tangará da Serra mesmo.
Transferir votos para um bom candidato é uma coisa, enquanto convencer eleitores a votar em candidatos que não tenha caído na graça popular é outra.
Se bem que, no caso da ministra Dilma, o presidente vem conseguindo fazer com que ela seja assimilada pela população mais humilde. O programa Minha Casa, Minha Vida que o diga.
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