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Sombras no otimismo do futuro da economia brasileira

A edição de ontem, quarta-feira, 3, do matutino "O Estado de São Paulo", um dos principais jornalões do país, traz uma reportagem que lança sombras sobre o otimismo que se vinha generalizando em todo o território nacional acerca do futuro da economia brasileira.

Trata-se de uma análise em que a equipe liderada pelo economista norte-americano Nouriel Roubini produz um alerta sobre o Brasil, dizendo que o país está se tornando mais vulnerável a financiamentos externos. Distribuído pela Agência Estado, ligada ao jornal, esta é a íntegra da notícia, procedente de Washington: "O déficit em conta corrente do Brasil vai dobrar em 2010, deixando o país muito mais vulnerável às condições de financiamento externo.

Essa é a previsão da consultoria Roubini Global Economics (RGE), do economista Nouriel Roubini, um dos poucos que previram a crise financeira mundial. Bertrand Delgado, economista da RGE responsável pela América Latina, prevê que o déficit vai passar do 1,55% atual para 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB) no fim deste ano.

‘Não teremos risco de problema de balanço de pagamentos, mas a economia brasileira vai ficar muito mais sensível às condições de financiamento externo e ao apetite por risco global', disse.

O déficit em conta corrente vai se ampliar porque a demanda doméstica vai se recuperar bem mais rápido que a externa e, por isso, haverá maior crescimento das importações do que das exportações. Segundo a RGE, o Brasil vai crescer 5,3% em 2010, bem acima de seu potencial, estimado em 3,5% a 4%. O crescimento será estimulado pela política macroeconômica ‘frouxa' do ano eleitoral".

Noutra notícia, menor, encimada pelo título "Roubini vê luz no fim do túnel, mas também risco de dupla recessão", a agência adiciona estas informações: "Brasil terá crescimento zero em 2009, diz Roubini.

O investimento estrangeiro direto (IED) não será suficiente para financiar o déficit em conta corrente e o País dependerá de investimentos externos. ‘Estamos preocupados com essa situação, porque ela expõe o País às condições externas de financiamento mais do que o Brasil deveria ser exposto'".

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