As novas tecnologias estão a cada dia mais presentes no cotidiano das pessoas. Cada vez mais um número maior de indivíduos de diferentes faixas etárias aderem aos sites de relacionamentos como forma de entretenimento, informações ou debates. Tendo em vista a potencialidade deste veículo de comunicação, muitos candidatos apostam no uso da internet para auxiliar na campanha eleitoral deste ano.
De fato, as redes sociais na internet serão o grande diferencial nas eleições 2010. Isso porque a comunicação em massa com os eleitores, antes feita de forma centralizada através de comícios e propagandas eleitorais, ganha este novo aliado na era da modernidade.
Com o crescimento das mídias alternativas, Twitter, Orkut, blogs, MSN e Facebook estão inseridos no contexto político como ferramenta de divulgação e engajar seguidores. Longe de substituir a campanha "corpo a corpo", a rede mundial de computadores se apresenta como um grande aliado dos candidatos na hora de conquistar votos dos eleitores.
Atualmente, são poucos os candidatos que não mantêm sites pessoais, perfis no Orkut e milhares de seguidores no Twitter. No Mato Grosso, por exemplo, praticamente todos os candidatos na disputa majoritária e proporcional das eleições 2010 mantêm uma relação direta com os eleitores através da internet.
Nos seus portais de relacionamento, os candidatos disponibilizam aos internautas notícias diárias do mandato, propostas de campanha, divulgação de suas ideias e projetos eleitoral. É, verdadeiramente, um espaço livre de debate político.
Além da maior abrangência do eleitorado, as poucas restrições na mídia fazem da internet uma boa opção para os candidatos. De acordo com o juiz eleitoral Marco Bruno Miranda, na rede os políticos estão livres para divulgar suas ações aos eleitores. Uma vez que a propaganda na internet somente é vedada em caso de portal, que segue as mesmas regras para os demais veículos de comunicação.
Para o Twitter, Orkut e blogs não há nenhuma restrição, segundo o magistrado. "O uso das redes sociais acaba beneficiando as duas partes envolvidas no processo eleitoral. O eleitor poderá conhecer mais o perfil do candidato, o que consequentemente ajudará na escolha. Ao mesmo tempo em que permite ao candidato realizar debates, sem o limite previsto na lei para as mídias", destaca o juiz Marco Bruno.
Internet é uma das ferramentas de comunicação mais democrática
O juiz Marco Bruno Miranda defende que, além das vantagens já apresentadas, a internet é umas das ferramentas mais democráticas nesta campanha eleitoral. Para o magistrado, o veículo permite a todos os candidatos, independente de partido, a manterem uma relação igual com o eleitorado.
Ele destaca que nas redes sociais, o tempo de debate e interação que os candidatos têm com o eleitor é definido pelas partes, diferentemente do que ocorre na propaganda eleitoral gratuita na TV ou no Rádio, que limita a participação do candidato de acordo com as legendas e coligações as quais ele esteja inserido.
"Por meio do uso da internet, um candidato que faça parte de um partido com menor força política terá a mesma oportunidade que outro concorrente de um partido mais popular. O benefício trazido pela ferramenta é o mesmo para todos os candidatos que se utilizam dela, independente da condição financeira e política dos mesmos", frisa o magistrado.
De acordo com Marco Bruno Miranda, a probabilidade é que as potencialidades da internet seja cada vez mais inserida nas campanhas eleitorais do país e explorada pelos candidatos a cargos eletivos. "A rede é uma nova maneira de exercer e firmar a democracia do país", destaca o magistrado.
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