Eu vejo como a coisa mais natural do mundo que aqueles que contribuíram com as vitórias dos seus candidatos reivindiquem seus espaços nos seus governos. Afinal de contas, o pleito eleitoral não consagrou uma só pessoa, um nome, seja ele qual for.
Consagrou, isso sim, um partido, consagrou ideias, propostas e essas não são privilégio de uma só pessoa, se presume.
Daí que essas demarches para a constituição dos futuros governos a partir de janeiro, tanto em plano estadual ou em plano federal, repito, são vistas com a maior naturalidade. Certamente que cada um dos integrantes dessas forças tem lá as suas estratégias.
No plano federal, presentemente, o Partido do Movimento Democrático Brasileiro, o PMDB, na realidade uma força preponderante na eleição de Dilma Rousseff quando cedeu o nome do seu vice-presidente, Michel Temer, está montando as suas.
Há analistas políticos que identificam o PMDB como um partido com um evidente perfil fisiológico, ávido por cargos nos governos.
Eu não digo que sim, nem que não. Mas, acho que nesse momento é seu direito líquido e certo reivindicar. Qual a sua estratégia nesse instante?
Pelo que tenho lido o PMDB elegeu na presente conjuntura duas prioridades: a questão dos ministérios que vai ocupar e a preservação dos espaços no governo Dilma Rousseff.
E aí sim, virá a terceira fase, também de suma importância para a sua sobrevivência política e eleitoral, que é a eleição para presidente da Câmara dos Deputados.
Esse partido não lutou também pela eleição da Dilma, não botou até um nome para vice nessa chapa? Daí que é legítimo o seu direito de querer esses espaços. Emery Costa
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