Nas duas últimas semanas em que despachou no Palácio do Jaburu, em Brasília, Michel Temer viveu uma experiência inusitada em seus 27 anos de vida pública.
Acostumado ao papel de “interlocutor” entre base aliada e governo, ele especializou-se em lidar com pressões partidárias que repassava – devidamente empacotadas e bem coloridas – à Presidência da República. Agora é diferente.
Temer não pode exibir a velha desenvoltura porque tem que se equilibrar entre dois papéis: o de vice-presidente, a quem cabe defender os interesses do governo, e o de principal comandante do PMDB, embora esteja licenciado da presidência da legenda.
Não tem sido um malabarismo simples.
Com agenda cheia, algumas vezes ele vem cumprindo um expediente mais atribulado que o da própria presidente Dilma Rousseff.
Houve dias nesta semana em que, entre telefonemas e audiências, Temer conversou com mais de 30 políticos. Congresso em Foco
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