Nós não podemos obscurecer que apesar do Bolsa Escola, do Bolsa Família e de outros programas congêneres ainda há muita fome no meio de nós.
Mesmo que se insista em dizer que esses programas governamentais são eleitoreiros ou coisas que o valham. Em que pese terem melhorado os níveis salariais e a renda das pessoas, mesmo assim a carência alimentar ainda é muito grande.
Mas uma interrogação se coloca: por que há essa fome toda? Será por que os alimentos estão em falta ou por que somos incapazes de produzi-los? É isso que nós temos que aprofundar.
Podemos nós, aqui do semiárido, dizer realmente essa hipótese tem lá suas razões de ser.
Mas, olhando o mundo como um todo, nós podemos dizer que a terra é capaz de produzir alimentos para toda a humanidade, sim. Nós, seres humanos, temos não só o dever, mas a obrigação de libertar da fome todos os membros da família humana.
A solução para esse gravíssimo problema da fome está menos na roça e nas mãos calejadas dos agricultores que nos gabinetes e fóruns de decisões das políticas econômicas, financeiras e comerciais.
A fome será superada mais pela ponta da caneta do que pelo cabo da enxada. Uma renovação do espírito de fraternidade e solidariedade será urgente como necessidade moral da família humana onde é direito olhar pelos mais fracos e doentes.
Não dá para continuar a fazer de conta que esse problema da fome é apenas dos outros. A eliminação da fome e da subalimentação requer a superação das barreiras do egoísmo, da insensibilidade e da indiferença. Aprofundemo-nos nessa temática enquanto é tempo. Emery Costa
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