Deu na Folha de São Paulo ontem: 17% dos professores da rede pública do País não têm formação suficiente e atuam em situação irregular. São 208 mil docentes, sem curso superior, lecionando para alunos do 6º ano fundamental ao 3º do ensino médio. Explica-se, aí, em parte, o caos na educação do País.
ENQUANTO ISSO - Em Tangará da Serra não menos que uma centena de profissionais graduados e pós-graduados devem ficar desempregados neste ano por falta de vagas nas redes estadual e municipal de ensino.
Uma coisa pelo menos temos para nos dar orgulho: todos os professores que atuam na educação de Tangará da Serra, portam diploma de graduação. Maioria com especializações e boa parte com curso de Mestrado. Temos até doutores e doutorandos.
Todavia, se temos esse item para celebrar, sobram problemas noutros setores na área da educação.
Grande parte das unidades escolares precisa de melhorias infraestruturais, como quadras cobertas, bons laboratórios, bibliotecas, recursos pedagógicos, etc.
Isso sem levar em conta a precária situação enfrentada no dia a dia pelos alunos da zona rural que são obrigados a caminhar quilômetros até chegar aos locais por ondem passam os ônibus velhos que os conduzem até a unidade escolar mais próxima.
Quero ainda acentuar o tamanho desrespeito anual dispensado aos profissionais da educação, época das famigeradas contagens de pontos. Nesse quesito, nos superamos em maldade contra os educadores.
Como educador, espero contribuir para que esse suplício sofrido pelos professores e professoras tangaraenses não se arraste por muito tempo.
O que meus colegas enfrentaram neste ano, por falta de organização de estado e município, ninguém merece. Isso deve ter fim.
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