Cerca de 80% das 730 escolas estaduais de Mato Grosso funcionam em prédios velhos e que precisam de algum tipo de manutenção. A rede elétrica é precária e não suporta a instalação de equipamentos eletrônicos como computadores e ar condicionados. Em alguns casos o produto fica encaixotado à espera de investimentos na estrutura física. Professores e alunos ficam expostos ao risco de curto-circuito e incêndios.
40% DOS JOVENS FORA DA ESCOLA
Quarenta por cento dos jovens entre 18 e 24 anos de Mato Grosso não frequentam a escola, apesar de não possuírem Ensino Médio completo. A distância do ambiente escolar aliada aos índices crescentes de mortes por causas externas (homicídio, suicídio, acidente de trânsito, envenenamento) jogam luz sobre esta importante parcela da sociedade, que também enfrenta dificuldades na inserção do mercado de trabalho. Levantamento realizado pela Secretaria de Planejamento (Seplan), e que será fonte para a redação do Plano Plurianual (PPA), documento balizador para o governo do estado no período entre 2012 e 2015, aponta que este retrato da juventude existe por falta de políticas públicas.
80% DOS JOVENS NÃO ENTRAM NAS UNIVERSIDADES
Apenas 20% dos jovens de baixa renda estão aptos a candidatar-se à uma universidade no Estado. A expectativa reduzida de ascensão é o que termina por "matar" a juventude, na opinião do gestor governamental da Seplan e mestre em economia, Edmar Vieira. Responsável pelo levantamento de dados, afirma que o trágico desenho é atrelado à ausência de políticas, principalmente educação. Para o promotor da Infância e Juventude, José Antônio Borges, o ensino médio não atende a demanda da juventude. A falta de professores em disciplinas e a desmotivação explícita deles, são "ingredientes" do desprestígio do setor.
Fonte: A Gazeta
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