FERNANDO DUARTE - Diário de Cuiabá
O catador de lixo e empresário Antônio Carlos Cabral Amaral foi o principal denunciante de supostas irregularidades na administração de Júlio César Ladeia (PR), que originaram o afastamento do cargo. Amaral apresentou a situação ao ver “que as outras cidades crescem a 10% ao ano enquanto Tangará fica estagnada”.
Ele levou ao Ministério Público Estadual (MPE), no último dia 16, um cheque em branco cobrando que seja retirado do seu patrimônio dez vezes o valor que qualquer empresa dele tenha aferido do poder público. A iniciativa intima o prefeito Ladeia e os secretários do governo a fazerem o mesmo.
“A cidade está patinando. Não sou candidato a nada nem filiado a partindo algum. Estou cansado de ver os outros municípios progredirem e aqui ficar a mesma coisa”.
Ele levou ao Ministério Público Estadual (MPE), no último dia 16, um cheque em branco cobrando que seja retirado do seu patrimônio dez vezes o valor que qualquer empresa dele tenha aferido do poder público. A iniciativa intima o prefeito Ladeia e os secretários do governo a fazerem o mesmo.
“A cidade está patinando. Não sou candidato a nada nem filiado a partindo algum. Estou cansado de ver os outros municípios progredirem e aqui ficar a mesma coisa”.
Quando as denúncias foram divulgadas, Ladeia argumentou que elas eram frutos de intriga da oposição, que desejavam se beneficiar de recurso do Programa de Aceleração do Crescimento segunda fase (PAC 2) que estavam alocados para Tangará da Serra.
Amaral contesta essas declarações e afirma que há três anos tanto o PAC quanto a aeroporto municipal são promessas que não saem do papel. “Ele não dá incentivo ao empresariado”, destacou, definindo isso como “ingerência no processo”.
Foram apresentadas quase 30 denúncias de irregularidade, incluindo desvio do Fundo de Reequipamento do Corpo de Bombeiros, fiscais da prefeitura do setor de arrecadação do Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN) trabalhando em empresas privadas, inadequação de materiais didáticos do programa Projovem, atraso na remuneração dos professores e fornecedores e lesão ao erário público sobre a frequência dos alunos, entre outros.
As denúncias feitas por Amaral ganharam mais força em Tangará quando representantes de entidades de classe apoiaram o combate às irregularidades em uma manifestação à Câmara Municipal de Vereadores. Entre as entidades que assinaram o documento estão a Associação Tangaraense de Pessoas com Deficiência e União Tangaraense das Associações de Moradores de Bairros, entre outros.
O prefeito afastado Júlio César Ladeia não foi localizado pela reportagem para comentar o assunto. Em entrevistas anteriores, ele havia mencionado que as denúncias eram feitas pela oposição para a sua retirada do cargo, o que envolveria até veículos de comunicação do município e notas fiscais com valores inferiores aos arrecadados. Segundo ele, um dos motivos para colocar em dúvida a função de duas servidoras municipais seria as investigações que estavam fazendo sobre essa sonegação.
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Veja agora o que a imprensa vem falando sobre o assunto:
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