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Esquema de venda de diplomas é investigado no Mato Grosso

Um suposto esquema de venda de diplomas falsos com ramificações na Secretaria do Estado de Educação (Seduc) será investigado pela Polícia Judiciária Civil. A suspeita surgiu após o Serviço de Inteligência da Polícia Militar descobrir que 2 alunos do curso de formação de soldados tinham apresentado certificados falsificados para ingressar na corporação.

Os diplomas do Ensino Médio, atestados e históricos escolares teriam sido emitidos pela Escola Estadual João Briene de Camargo, localizada no bairro Lixeira.

Segundo o boletim de ocorrência, os alunos Adão Ramos de Souza Júnior, 24, e Andhrey de Almeida Fernandes, 23, confirmaram que compraram os documentos por R$ 500 cada.

Adão teria conseguido o certificado em junho de 2009 através de uma pessoa conhecida como "professor Fábio". A entrega teria sido feita 1 dia após o contato via telefone, próximo de um supermercado no bairro CPA 3. O aluno também informou que, durante a negociação, "Fábio" informou que conseguiria o documento com apoio de uma pessoa da Seduc.

Já Andhrey teria comprado o documento de uma mulher identificada como "Lu", que trabalhava em uma policlínica do município, no ano passado. O pagamento e entrega da "encomenda" foram feitos no bairro Pedregal.

A apresentação do comprovante de conclusão do Ensino Médio é uma das exigências para os aprovados no concurso público. A turma de 1.237 praças começou as aulas em fevereiro.

Conforme o Serviço de Inteligência, a descoberta da fraude ocorreu durante investigação social dos alunos. Após suspeita de falsificação, a Escola João Briene foi oficiada e confirmou que os documentos não tinham sido emitidos. O fato dos 2 certificados terem sido adquiridos pelo mesmo valor e terem o nome da mesma instituição reforça as suspeitas de que um grupo organizado possa estar atrás das vendas.

E este não é o primeiro caso de fraude descoberto pela PM. Nos últimos meses, conforme o Serviço de Inteligência, outros 2 alunos foram excluídos pelo mesmo motivo, além de pessoas que foram presas por falsificação de documentos. Neste caso, os 2 acusados também devem ser penalizados e afastados do curso, já que não atendem o critério de ter o Ensino Médio completo, além de responder por uso contra fé pública e de documentos falsos.

Outro lado - A Secretaria do Estado de Educação (Seduc) informou, por meio da assessoria de imprensa, que nesta segunda-feira vai buscar mais detalhes do caso e deve abrir um procedimento investigativo para saber se houve participação de algum servidor. Gazeta Digital

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