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Justiça manda soltar presos 4 dias após operação

Welington Sabino, repórter do GD
 
Ganharam liberdade nesta sexta-feira (20) por deteminação da justiça, os 62 servidores presos em seis estados brasileiros, na Operação Saúde, acusados de envolvimento num esquema de fraudes em licitações públicas e desvios de verbas destinadas pelo governo Federal para a compra de medicamentos que seriam distribuídos ao Programa de Assistência Farmacêutica Básica. A ordem para soltura saiu 4 dia após a deflagração da Operação pela Polícia Federal e a Controladoria Geral da União (CGU) na segunda-feira (16), antes mesmo que expirasse o prazo das prisões temporárias (5 dias).

Dois servidores de Mato Grosso que ainda estavam foragidos, Gercílio Mendes da Silva de Lambari D‘Oeste e Marcos Sousa Ferreira de São Félix do Araguaia, agora deixam de ser procurados pela PF. A Justiça entendeu que como as provas solicitadas pela polícia já estão coletadas, todos poderão aguardar em liberdade pela conclusão do inquérito e depois pelo possível processo.

Vale lembrar que 4 pessoas ganharam a liberdade, ainda na quarta-feira (18) sendo 3 no Rio Grande do Sul e uma em Mato Grosso, a servidora servidora Michelly Nataly Raizer Dias presa em Mirassol D’Oeste (300 Km a oeste de Cuiabá). Ela teve o habeas corpus impetrado pelos advogados Bruno Garcia da Silveira e Valber Melo, deferido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Os advogados defenderam que a prisão temporária foi decretada de maneira genérica, sem indicar qualquer conduta a evidenciar que, solta, Michelly pudesse prejudicar a colheita de provas ou influir negativamente no resultado da operação. O habeas corpus foi deferido pelo desembargador Federal Márcio Antônio Rocha.

A Operação Saúde prendeu 62 das 64 pessoas que tiveram mandados expedidos pela Justiça Federal de Erechim (RS) para sete estados brasileiros. Entre elas estavam 34 servidores públicos e 12 secretários municipais. Foram presas 28 no Rio Grande do Sul, 18 aqui em Mato Grosso, seis no Paraná e no Mato Grosso do Sul, três em Santa Catarina e uma em Rondônia. Também foram expedidos 70 mandados de busca e apreensão.

Em Mato Grosso, os mandatos foram para os municípios de Cuiabá, Araputanga, Barra do Garças, Tangará da Serra, Barra do Bugres, Rio Branco, Mirassol D'Oeste, Lambari D'Oeste, Alto da Boa Vista, São Félix do Araguaia, Itiquira, Rondonópolis e Vila Bela da Santíssima Trindade.

As investigações iniciaram em 2009 e apontaram a atuação de 3 grupos criminosos distintos, todos sediados na pequena cidade gaúcha de Barão do Cotegipe e com atuação em estados próximos. Os grupos envolviam empresas do setor de saúde que agiam em conluio com servidores de várias prefeituras. Os acusados podem ser indiciados por corrupção ativa, passiva, fraude de licitações, formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro.

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