Agora, é a vez do ministério dos Transportes trazer suplícios para a presidente. Nada surpreendente numa área tão "delicada" em matéria de verbas, licitações, aquelas coisas que fazem a delícia de certo mundo político-empresarial. Lula teve ali um dos seus calvários, com o ex-ministro Anderson Adauto.
Não devemos nos esquecer que a nomeação, ainda por Lula, de Luiz Antônio Pagot, reconduzido ao cargo por Dilma, para o DNIT, foi complicadíssima no Senado. Fazer de ministérios "feudos dos partidos" é sempre comprar um bilhete de loteria que pode dar errado.
Há pouco mais de dois meses o governador do Ceará Cid Gomes fez publicamente graves insinuações contra o ministro Alfredo Nascimento. É certo que Cid, como seu irmão Ciro, tem a língua perigosamente solta...
A disputa pelo ministério dos Transportes no governo Dilma envolveu dois políticos com poder no Amazonas: o próprio Alfredo e o ex-governador e atual senador Eduardo Braga. Braga ficou no Senado com um tonel de mágoa guardado.
São casos de natureza diferente os de Palocci, de Mercadante e agora o do ministério dos Transportes.
Mas três confusões pesadas em seis meses de governo, sem contar "coisas menores" - os livros do ministério da Educação, as mumunhas da Copa, as pendências do ministério do Turismo para o Maranhão - desarranjos demais para qualquer governo... Eduardo Homem
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