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A política como ela é

Merece leitura a entrevista do ex-deputado Roberto Jefferson à edição da semana da revista IstoÉ. O presidente do PTB – peça-chave do escândalo do mensalão – fala da política brasileira como ela é, sem maquiagem ou truques. Jefferson tem a autoridade de quem conhece as veredas do poder, pois dele participou e fez uso.

Algumas colocações se destacam, como a que ele diz que quase todos os partidos, principalmente de governo, têm telhado de vidro. Refere-se ao loteamento do poder em nome da governabilidade, quando os partidos assumem os ministérios como se fossem donos. Os escândalos recentes nos Transportes, Agricultura e Turismo são exemplos clássicos de transformação do governo em capitanias hereditárias.

A administração territorial, distribuída de acordo com o tamanho e influência de cada partido, transfere poder sem limites, e os partidos acabam metendo a mão no bem público. Jefferson também foi preciso no que se refere à proposta de financiamento público de campanha: “É um escândalo.

Defendo é que se pare de bater no financiamento privado, que hoje é visto como bandido. O doador privado tem presunção de culpa. É preciso entender que não existe almoço grátis nem na relação marido e mulher. Mande a mulher negar amor ao marido durante um mês para ver se ele paga as contas dela.”

Jefferson defende a transparência na doação e o relacionamento sério entre os doadores de campanha, os políticos e o governo. Pouco adiantará o financiamento público se os partidos continuarem com a pratica do famigerado “caixa 2”.

 Por fim, uma opinião aberta e sincera sobre o ministro Joaquim Barbosa, relator do mensalão. “Joaquim Barbosa não é um momento de tribunal; ele quer aplauso em botequim. Tenho para mim que foi para o STF na cota racial e não por notório saber jurídico.”

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