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Governador sabia de desvios de recursos de plano de saúde de servidores, mas nada fez prejudicando recuperação financeira



O governador Silval Barbosa (PMDB), tem conhecimento, pelo menos desde fevereiro deste ano, de todo o esquema envolvendo cobrança de propina de empresas prestadoras de serviço ao plano de saúde dos servidores públicos de Mato Grosso, o MT Saúde. 

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No entanto, ao invés de adotar medidas para investigar as denúncias, instaurar um inquérito administrativo e punir os envolvidos, o governador Silval preferiu ignorar os fatos que impedem a recuperação financeira das contas da instituição. 

A afirmação foi feita em caráter de sigilo por uma fonte que procurou a reportagem do Olhar Direto em Brasília e também ao Ministério Público Estadual para fazer as denúncias de teor gravíssimo.

Esta mesma fonte relata que a conversa com o governador aconteceu no dia 15 de fevereiro de 2012, uma quarta-feira, na semana que antecedeu o carnaval, no Escritório de Representação de Mato Grosso (Ermat) em Brasília.

“Informei e transmiti ao governador todos os detalhes sobre o que está ocorrendo dentro do MT Saúde, de que há cobrança de propina para que empresas prestem serviços e que há pessoas do alto escalão do governo envolvidas neste esquema. Mas até agora eu não vi nenhuma medida do governador para investigar estes fatos nem procurar os responsáveis. Posso garantir que ele foi informado de tudo em fevereiro deste ano”, revelou.

O caso está sendo investigado pelo Ministério Público Estadual por meio do inquérito civil número 002714-023/2011. De acordo com a denúncia, o pedido de propina das empresas chegava a 30% dos valores arrecadados mensalmente dos servidores públicos, cerca de R$ 9,4 milhões.

Ainda segundo a mesma fonte, os gestores do MT Saúde insistem em fazer apenas contratos emergenciais com empresas como a Bom Samaritano e a São Francisco (atual gestora), que aceitam fazer parte do esquema de pagamento de propinas para membros do primeiro e segundo escalões do governo Silval Barbosa.

No inquérito civil, o promotor de Justiça Roberto Turim pede esclarecimentos a dois empresários, Sidney Storch Dutra e Nirlei Storch Dutra, sócios minoritários da Bom Samaritano, a respeito das denúncias de cobrança de propina, alterações contratuais e reuniões com os mentores do esquema.

A fonte não esconde a indignação com os rumos da política em Mato Grosso.

“É estarrecedor perceber que as falcatruas corroem facilmente o poder público local. É de deixar o cabelo em pé ver o que acontece em Mato Grosso. É uma terra sem lei”, concluiu. Olhar Direto

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