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Deputado articula e cria comissão para investigar empreiteiras


O deputado Zeca Viana (PDT) e mais sete deputados assinaram requerimento de criação da CPI da Trimec, empreiteira que presta serviço ao governo.

Como obteve número regimental de oito parlamentares, a comissão foi automaticamente aprovada e deve ser instalada na semana que vem.

O objetivo da CPI, segundo Viana, é investigar "pagamentos suspeitos" realizados pela empreiteira, pertencente a Wanderley Torres.

O empresário, amigo do governador Silval Barbosa (PMDB), é um dos alvos da Polícia Federal, na Operação Ararath.

Ele teve sua residência e escritório alvos de busca e apreensão.

Ao defender a instalação da CPI, Zeca Viana ressaltou que pagamentos feitos pelo Estado em obras públicas precisam ser investigados.

"Laranjinha"

"Essa CPI é importantíssima para mostrar para a sociedade para onde foi o maquinário do Governo e o dinheiro do Fethab: para essa empresa, que não é do 'laranjinha' Wanderley não... Nós sabemos quem é o verdadeiro dono dessa empresa", ironizou.

Assim como Brunetto e Zeca Viana, assinaram a CPI os deputados Ezequiel Fonseca e Antonio Azamabuja, ambos PP; Dilmar Dal Bosco (DEM), Guilherme Maluf (PSDB), Luciane Bezerra (PSB) e Wagner Ramos (PR).

Zeca Viana havia afirmado na quarta-feira também que é preciso “abrir a CPI da Trimec, do Fethab e da gestão da Mesa Diretora Assembleia".

O empresário Wanderley Torres, dono da Trimec: alvo da CPI

Na sessão desta quarta-feira (15), Zeca Viana e os deputados José Domingos (PSD) e Dilmar Dal´Bosco (DEM) ressaltaram que o governo Silval Barbosa (PMDB) sempre "pressionou deputados no ano passado para retirar nomes de CPIs para investigar o Executivo".

“É muito importante que tenhamos critérios para investigar temas que estão sobre suspeição, sob alguns anúncios de operações cabulosas”, justificou Brunetto a abertura da CPI da Trimec.

Cooperativa

Na quarta-feira pela manhã, o deputado José Riva (PSD) apresentou requerimento em plenário e foi aprovado com 10 assinaturas a criação da CPI da Cooperativa Agroindustrial de Mato Grosso (Cooamat), que segundo ele é ligada ao empresário Eraí Maggi (PP), um dos financiadores da campanha da presidente Dilma Rousseff (PT).


O deputado afirma que há tentativa de fraude na constituição da cooperativa e que há indícios de sonegação de R$ 500 milhões em impostos não pagos à Secretaria de Fazenda (Sefaz).

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