Para demonstrar força e se contrapor às negociações conduzidas pela presidente Dilma Rousseff para a formação do novo ministério, a oposição marcou um grande evento para amanhã, no Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados. Por decisão do ex-candidato do PSDB à Presidência Aécio Neves, a reunião da executiva nacional tucana para celebrar a eleição dos novos deputados e senadores do partido foi transformada em um ato político, com a presença das demais legendas que se alinharam ao PSDB no segundo turno das eleições presidenciais e garantiram 51 milhões de votos ao presidenciável tucano.
Será a primeira aparição pública de Aécio desde que ele concedeu a entrevista coletiva na noite de 26 de outubro, após ser confirmada a reeleição de Dilma para mais quatro anos de mandato. Desde então, Aécio tem se mantido recolhido, com a família, enquanto os opositores começam a ensaiar a postura para os próximos quatro anos. “Estamos fazendo oposição desde as 20h15 da noite de domingo (26 de outubro). A ideia é intensificarmos cada vez mais esse trabalho”, disse o presidente do PSDB paulista, deputado federal Duarte Nogueira.
Desde então, alguns movimentos foram lançados para tentar manter acesa a chama de oposição ao governo. Na semana passada, o PSDB apresentou um requerimento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo uma auditoria especial para apurar supostas falhas no resultado final das eleições presidenciais — ontem, a Procuradoria-Geral da República emitiu parecer contrário ao pedido tucano. Paralelamente a isso, importantes integrantes do partido, como o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), candidato a vice na chapa de Aécio, foram à tribuna do Senado colocar em dúvida a disposição da presidente Dilma Rousseff e do PT de estabelecer um diálogo com a oposição.
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