Por Daniele Bauer
Compreendemos que as mudanças
vieram com o passar dos anos e chegamos á conclusão que hoje gênero masculino e
feminino não significa que o masculino seja o dito homem e o feminino a mulher.
Segundo Daniela Auad (2004), citado pelo Currículo do Mato Grosso:
Gênero não é sinônimo de sexo
(masculino ou feminino), mas corresponde ao conjunto de representações que cada
sociedade constrói, através de sua História, para atribuir significados,
símbolos e características para cada um dos sexos. Assim, as diferenças biológicas
entre homens e mulheres são interpretadas segundo as construções de gênero de
cada sociedade. (AUD, P.28, 2004)
E o nosso papel como educadores é
estar conscientizando as crianças, adolescentes e adultos que a cada dia que
passa isto esta se tornando mais comum e normal do que muitas pessoas gostariam
que fosse.
Segundo Secad/MEC, 2006 “a escola
pode desempenhar um importante papel no combate ao sexismo e a homofobia.” Isto
é, devemos formar cidadãos conscientes para que estes possam aceitar o seu
semelhante com suas diferenças.
Analisemos o que retrata o
Currículo do Estado do Mato Grosso (Educação para relações de Gênero e
Diversidade na escola) p. 14:
Com desenvolvimento de atividades
que garantam aos/as educandos/as aprendizagens sobre as relações de gênero e
diversidade sexual, fortaleceremos comportamento e atitudes que repudiem o
sexismo, transfobia, lesbofobia, bifobia e a homofobia, por meio de ações
educativas que conduzam ao comportamento crítico frente a tais tipos de
discriminação.
Percebe-se como fica claro em
relação ao aprendizado na escola de que quando o educador consegue passar os
reais valores referentes de como devemos tratar todos os seres humanos e que,
se o educando conseguir capturar o que esta sendo passado a ele, o mundo com
certeza será um mundo melhor, sem preconceito e discriminação com o seu
semelhante.
E hoje em dia contamos com uma
aliada forte, a mídia, hoje ela tem ajudado muito em relação à aceitação da
homossexualidade, ela vem retratando em seus programas com muita naturalidade
essa relação entre homens e mulheres com o mesmo sexo.
Podemos analisar os textos de
apoio que alguns anos atrás as propagandas funcionavam de maneira diferente de
hoje, antes elas eram voltadas somente para o sexo que aparecia na propaganda,
vejamos o exemplo segundo Ruth Sabat (2001):
... um menino de mais ou menos
dois anos de idade está sentado sobre uma mesa, numa sala que parecera ser um
escritório. O ambiente reflete sobriedade, considerando alguns significantes
como a madeira pesada e escura do móvel, a poltrona em couro e as cortinas
discretas. A composição da imagem em branco e preto complementa o ar de
sofisticação, ao mesmo tempo em que empresta à criança a idéia de um futuro que
já é presente: a sua história já é presente... Aqui não há cenário. A
composição da fotografia em branco e preto mostra a menina com seu carrinho de
bebê. É só. No fundo preto há um foco de luz que se reflete atrás da criança
como uma luz no fim do túnel. Essa idéia é reforçada pelo olha triste da
“futura mamãe”. Ao que parece este é o seu lugar de passagem para aquilo que
ela se tornará: a forma como seu cabelo está penteado nos remete a uma pequena
mulher, e a ela resta cumpri este papel. (SABAT, 2001, p.10,11)
Como podemos perceber é claro a
diferença entre o homem e a mulher, há algum tempo homem era criado para o
domínio da sociedade, e a mulher submissa ao homem, ele era chefe da família
onde trabalhava fora para trazer o sustento de sua família, e a mulher era
criada para serem mãe e dona de casa, mais com o passar do tempo isto mudou as
mulheres saíram em busca de seus direitos através dos movimentos feministas que
aconteceram na década de 70, onde conseguiram o direito do voto, o de trabalhar
fora, enfim conseguiram o direito de ir e vir, apesar de que, mesmo hoje em
pleno século XXVI os homens ainda lideram nos rankings de melhores salários
mesmo a mulher exercendo a mesma função que o homem.
Mais a cada dia que passam elas
estão conquistando o seu espaço na sociedade, assim como se espera que os
homossexuais consigam o seu espaço também.
REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
SABAT, Ruth, PEDAGOGIA CULTURAL,
GÊNERO E SEXUALIDADE, Janeiro de 2001.
http://www.scielo.br/pdf/ref/v9n1/8601.pdf, acesso em 08/07/2014 às 9:53
CURRICULO DO ESTADO MATO GROSSO -
http://www.seduc.mt.gov.br/conteudo.php?sid=463, acesso em 08/07/2014 às 9:55
Daniele
Cristina Bauer Damarat
Rua das
Copaíbas, nº 2035
Guarantã
do Norte – MT
Licenciatura
em Educação Física
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