Um desses diplomas, do curso de medicina, foi apreendido em
Jundiaí (SP). Em média, um diploma custava entre R$ 980 e R$ 1.900.
Na quinta-feira (27), a Polícia Civil prendeu 10 pessoas e
desarticulou um esquema de venda de diplomas falsificados do ensino fundamental,
médio, técnico, superior e pós-graduação, que funcionava há mais 4 anos no
Estado de Mato Grosso e atendia várias pessoas no Brasil, entre eles servidores
públicos.
Com o diploma comprado, o servidor elevava seu nível junto ao
Estado ou União, tendo ganho salarial considerável, segundo a delegada Ana
Maria Machado Costa, da Delegacia de Polícia de São José dos Quatro Marcos (315
km a Oeste de Cuiabá).
"A priori, pelas investigações da Polícia Civil há falsidade
ideológica. O conteúdo dos documentos que é falso. Esses alunos não assistiam
aula presencial. As assinaturas prévias não eram feitas por eles. Eles apenas
efetuavam o pagamento e recebiam em questão de um a dois meses o
certificado", disse.
"O conteúdo dos documentos que é falso. Esses alunos não
assistiam aula presencial. As assinaturas prévias não eram feitas por eles.
Eles apenas efetuavam o pagamento e recebiam em questão de um a dois meses o
certificado" Ela acrescentou que nas investigações, a Polícia Civil
descobriu que o esquema de emissão de certificados falsos foi montado por um
empresário dono de uma rede de laboratórios na cidade de Cáceres, identificado
por C.A.S., que atendia pessoas de várias partes do Brasil.
De acordo com a delegada, o empresário mantinha em Cuiabá um
escritório, identificado por “Inovar Curso Preparatório”, onde ficavam duas
secretárias e dali saiam os pedidos de certificados do ensino fundamental e
médio.
Havendo pedidos também para emissão de diplomas técnico, nível
superior e pós-graduação, porém estes eram tratados diretamente com o
empresário.
Por encomenda
As duas funcionárias também foram presas na operação e revelaram
que os certificados eram emitidos para beneficiados, que encomendavam os
documentos de conclusão de nível fundamental e médio, ao preço unitário de R$
980 ou 1.900, os dois.
Conforme as secretárias, pelo escritório, interessado nos
certificados faziam o pedido, via telefone, e remetiam a documentação
necessária (RG, CPF, comprovante de residência, certidão de nascimento ou
casamento) para a confecção do certificado que vinha de outros estados da
federação.
No escritório, os policiais apreenderam 195 diplomas e
certificados emitidos em vários Estados, principalmente São Paulo, Rio de
Janeiro e Maranhão, para pessoas de diversas cidades do Brasil, principalmente
de Mato Grosso.
Prisão do empresário
O empresário foi preso na operação na cidade de Cáceres, onde ele
e a mulher administravam dois laboratórios e estão prestes a inaugurar outro na
cidade de São dos Quatro Marcos.
Ele já foi investigado em São Paulo e estaria agindo desde o ano
de 1998.
Em Mato Grosso, C.A.S. fixou residência na cidade de Cáceres há
quatro anos e passou a movimentar o esquema com apoio de colaboradores.
Na casa do casal foram apreendidos R$ 126 mil em dinheiro, 28 mil
em cheques, notebook, celulares, certificados e diplomas, entre outros.
Durante a operação foram apreendidos cerca de 300 diplomas e
certificados, que ainda seriam entregues a "clientes", R$ 126 em
dinheiro, 28 em cheques, além de notebooks e computadores, entre outros
documentos.
A delegada lembrou que as investigações iniciaram, em julho deste
ano, em Cáceres com denúncias da compra de diplomas para conclusão do ensino
fundamental e médio. Mídia News
1 Comentários
Meus amigos, onde é que vai parar tanta roubalheira, safadeza, bandidagem, etc? Chega.
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