Dados disponibilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que o custo das campanhas eleitorais continuou crescendo no Brasil em relação a 2010. Levantamento do Correio revela que o preço médio das campanhas dos governadores eleitos em 1º turno ficou em R$ 21,08 milhões, valor cerca de 18% maior que o registrado em 2010, quando as campanhas dos 18 governadores eleitos em primeiro turno custaram, em média, R$ 17,7 milhões. Em alguns casos, a arrecadação não acompanhou o aumento de gastos, sobretudo para os derrotados nas urnas. Candidato do PT ao governo de São Paulo, o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, por exemplo, deixou a campanha com um débito de cerca de R$ 24 milhões.
No 1º turno, o voto mais caro do país foi o do governador eleito em Mato Grosso, o senador Pedro Taques (PDT). O parlamentar gastou R$ 29,5 milhões para obter cerca de 833 mil votos. O “preço” de cada um deles ficou em torno de R$ 35,46. O segundo colocado foi o governador eleito de Alagoas, Renan Filho (PMDB), com R$ 25,18 gastos por voto. Nessa conta, o voto mais barato pertence a Geraldo Alckmin, com apenas R$ 3,30 gastos por cada um dos cerca de 12,2 milhões de votos obtidos.
Cientista político pela Universidade de Brasília (UnB), o professor João Paulo Peixoto explica que é preciso considerar a dimensão do estado, a qualidade do material produzido durante a campanha e a quantidade de propaganda. “Governadores que disputaram a reeleição, por exemplo, precisam desembolsar menos dinheiro para se tornarem conhecidos. Eles geralmente já têm uma vitrine a apresentar. Outros, porém, precisam fazer um esforço maior.”
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