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Após 20 dias, vereador suspeito de depredar prédio da PM em MT é solto

O vereador Marcel Menezes Meurer, presidente da Câmara Municipal de Itanhangá, a 447 km de Cuiabá, foi libertado após ficar 20 dias preso sob suspeita de embriaguez ao volante, incitação à violência, dano ao patrimônio público, tentativa de lesão corporal, desacato à autoridade e resistência à prisão.

O parlamentar pagou fiança de R$ 7,8 mil, equivalente a dez salários mínimos. A liberdade provisória foi concedida pelo juiz Gleidson de Oliveira G. Barbosa, da Comarca da Tapurah, município no qual o suspeito ficou preso. A decisão se estende ainda a mais um suspeito que estava preso.

No processo, consta que o parlamentar foi solto na última qumarta-feira (7). A Polícia Civil do município confirmou que ele foi colocado em liberdade, mas não informou a data ao alegar que o caso está sob sigilo. Segundo a advogada do vereador, Ana Carolina Belleze, o cliente responderá o processo em liberdade. "Ele foi acusado de vários cries, mas há provas de que ele não cometeu alguns deles", afirmou.


Meurer, que é dentista, foi indiciado pela Polícia Civil por seis crimes. Entretanto, o magistrado considerou que não havia mais motivos para ele ficar preso, já que o Ministério Público pediu novas diligências sobre o caso antes de oferecer denúncia contra o suspeito. “Como ainda existem pontos que deverão ser esclarecidos no feito, que, por suas vezes, ensejarão no atraso da conclusão do inquérito policial e em eventual oferecimento da denúncia, não vislumbro outra alternativa à colocação dos indiciados em liberdade”, diz o juiz em trecho da decisão.

Por falta de estrutura e de vagas no sistema prisional, o vereador ficou preso em uma cela da Delegacia de Tapurah, que fica a 60 km de Itanhangá, onde os supostos crimes teriam sido cometidos. Outros dois menores de idade que haviam sido apreendidos suspeitos de envolvimento no caso também já foram liberados.

Entenda o caso

Meurer é suspeito de ter depredado, com outras 30 pessoas, uma unidade da Polícia Militar e um posto de saúde de Itanhangá na noite do dia 20 de dezembro. De acordo com as polícias Civil e Militar, a confusão começou quando o vereador estava com um grupo bebendo e ouvindo música alta pelo som do carro em uma praça no centro da cidade.

A PM foi até o local e disse para abaixarem o volume, pois estavam perturbando os outros moradores.

Então, o grupo foi para a MT-338, local em que, momentos depois, um adolescente que estava com eles teria atropelado com uma moto três pessoas que também estavam com o bando. Uma mulher de 28 anos morreu e as outas duas pessoas foram feridas. As vítimas chegaram a ser levadas até uma unidade de saúde, mas o médico não pode atendê-las imediatamente porque estava com outro paciente.

Revoltado, o bando invadiu e depredou o local. Depois, foi até o prédio da PM no município, agrediu os dois policiais que estavam de plantão, e quebrou a porta de vidro e um monitor do local, usando pedaços de madeira, barras de ferro e pedras.

O vereador já havia sido preso em junho de 2014, em Cuiabá, durante o período da Copa do Mundo, suspeito de ter agredido a própria irmã e uma sargento da Polícia Militar.

Fonte: G1 com Rádio Pioneira

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