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Dezessete policiais foram assassinados em Mato Grosso em 2014

POLLYANA ARAÚJO
DO G1MT

Policiais civis e militares engrossaram as estatísticas de homicídios em Mato Grosso. No ano passado, 17 perderam a vida, segundo levantamento da Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp). Destes, quatro foram assassinados enquanto trabalhavam e o restante fora de serviço. O número foi semelhante ao registrado em 2013, quando 16 policiais militares foram vítimas de assassinato. No entanto, naquele ano nenhum policial civil foi morto, segundo o levantamento.

Dos três policiais civis mortos, dois não estavam trabalhando quando foram assassinados. Uma das vítimas foi Edson Rodrigues da Silva, de 49 anos, assassinado em um bar no Bairro Cristo Rei, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, com vários tiros, em agosto do ano passado. O suspeito do crime não foi preso e a morte passou a ser investigada pela própria Polícia Civil.


Outro investigador da Polícia Civil foi morto fora de serviço após reagir a uma tentativa de assalto, no mês de maio. Ele tinha acabado de sacar uma quantia em dinheiro em uma agência bancária, localizada na região central de Várzea Grande, quando foi abrodado pelos assaltantes.

Já a Polícia Militar perdeu 14 agentes no ano passado. Durante o trabalho foram três mortes. Uma delas ocorreu no Bairro da Manga, em Várzea Grande, durante confronto com dois assaltantes. Ele tentava prender os ladrões de uma loja de revenda de veículos, localizada na Avenida Dom Orlando Chaves, quando foi atingido no peito por um disparo de arma de fogo. Outros 11 policiais morreram fora de serviço.

No mês anterior, outro policial também tinha sido morto nesse mesmo bairro, em Várzea Grande. O policial estava afastado do trabalho para tratamento de saúde quando foi morto por tiros disparados por dois homens que estavam em uma motocicleta.

Contudo, o caso envolvendo morte de policiais que teve maior repercussão no ano passado ocorreu em uma casa de câmbio, no Centro de Cuiabá. Em fevereiro do ano passado, o policial militar Danilo César Fernandes Rodrigues, de 27 anos, e a funcionária desse estabelecimento, Karina Fernandes Gomes, de 19 anos, morreram em uma tentativa de assalto à casa de câmbio.


Houve tiroteio e as vítimas foram atingidas por tiros disparados pela arma de outro policial militar que estava no local. Em depoimento à Justiça cinco meses depois, o policial militar Leandro Almeida de Souza, de 22 anos, disse ter escorregado e que, por causa disso, acertou um disparo no colega. Laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontaram que os disparos que mataram as vítimas partiram da arma do policial. O suspeito da tentativa de assalto foi preso na época.

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