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Grupos de caminhoneiros e empresários de Mato Grosso bloqueiam quatro pontos em rodovias do Estado

Grupos de caminhoneiros e empresários de Mato Grosso bloquearam quatro pontos em rodovias do Estado em protesto contra o alto preço do combustível e os baixos preços dos fretes. As interdições foram realizadas nas BRs 163, 364 e na MT-358 durante praticamente durante toda a quarta-feira de cinzas (18). O tráfego foi liberado às 17h54 no km 539 da BR-163, em Nova Mutum, e às 17h57 no km 686 da mesma estrada, em Lucas do Rio Verde, e às 18h31 no km 745, em Sorriso, mas segundo as informações, os bloqueios devem ser restabelecidos nesta quinta.

Os manifestantes permitiram a passagem de caminhões carregados de cargas vivas, veículos de passeio, ônibus e ambulâncias, somente as carretas eram mantidas no bloqueio. Os bloqueios foram realizados nos municípios de Lucas do Rio Verde (335 km ao norte de Cuiabá), Nova Mutum (240 km ao norte de Cuiabá), Tangará da Serra (241 km a noroeste de Cuiabá) e Campo Novo do Parecis (390 km a noroeste de Cuiabá). A programação é que o protesto dure até a próxima terça-feira (24).


De acordo com Miguel Mendes, presidente da Associação dos Transportadores de Cargas do Mato Grosso (ATC-MT), a categoria cobra a redução do preço atual do litro do óleo diesel e da gasolina, além da proibição da comercialização de frete por parte das ‘tradings’ (gigantes do agronegócio) e Agenciadores de Cargas com valores abaixo da Lista de Preços Mínimos de Fretes, instituída pela Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso por meio da Portaria nº 244/2014, sob pena de perda de incentivos fiscais junto ao Estado e suspensão da inscrição estadual.

Segundo Mendes, as ‘tradings’ regulamentam o preço do frete, descontando do produtor o valor do transporte, porém as próprias multinacionais começaram a oferecer o serviço em valores muito abaixo do operacional. “Na mesma semana que tivemos o aumento do óleo diesel tivemos uma redução no valor do frete. Hoje, o frete custa 25% menos do que o ano passado, porém tudo está mais caro”.

Segundo o presidente, por conta disso os caminhoneiros também cobram a redução da alíquota de ICMS incidente sobre os preços do óleo diesel de 17% para 12%; Sanção Presidencial sem vetos do Projeto de Lei nº 4246/2012 que Regulamenta a Profissão de Motoristas Profissional e disciplina sua jornada de trabalho.

Na região noroeste do Estado, o protesto já vinha sendo realizado há 11 dias. Na manhã de ontem, o movimento recebeu adesão de grupos da região norte. Alguns caminhoneiros de Rondonópolis (214 km ao sul de Cuiabá) também ameaçaram aderir ao movimento.

De acordo com Edgar Laurini, um dos lideres do movimento em Tangará da Serra, o grupo tranca a rodovia as 7h e libera uma hora no horário do almoço, depois fecha novamente e libera as rodovias às 20h.


Edgar explicou que o objetivo não é prejudicar a sociedade e por isso somente as carretas do agronegócio são detidas, contudo caso a situação não melhore os manifestantes estudam radicalizar o movimento e trancar a via completamente.

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