O ex-superintendente regional do Incra Valdir Barranco (PT), que
recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para “descongelar” os 19.227
votos recebidos em 5 de outubro de 2014 e assumir cadeira na Assembleia, negou
que sua defesa - patrocinada pelos advogados Elvis Antônio Klauk Júnior e
Rodrigo Cyrineu - seja bancada pelo ex-presidente do Legislativo José Riva
(PSD).
O deputado estadual Pery Taborelli (PV), que corre o risco de
perder a vaga para o petista, usou a tribuna para denunciar a suposta negociata
e voltou a acusar o rival de cometer crimes contra assentados da reforma
agrária.
“O ex-deputado Riva é meu
amigo, mas não existe nenhum tipo de ajuda financeira ou política. Eu pago
pelos serviços dos advogados. Só posso repudiar as calúnias do Taborelli, que
se mostra autoritário, despreparado e já foi condenado em primeiro grau por ato
de improbidade administrativa quando comandava a PM em Rosário Oeste”, rebate
Barranco.
Segundo ele, os ataques de
Taborelli ainda devem se intensificar após a decisão do TSE confirmando a perda
da vaga na Assembleia. “Não tenho nada pessoal, mas na verdade, ele está
ocupando a cadeira que me pertence. Tive mais votos e tenho legitimidade para
ser deputado estadual“, completa Barranco.
O petista também acredita que Taborelli resolveu acusá-lo de
receber dinheiro de Riva para pagar os advogados que atuam no TSE após ser
preterido na relatoria da CPI das Obras da Copa. “Essa briga não é minha.
Lamento que meu nome tenha sido utilizado para descontar a frustração”, concluiu
o petista.
Após perder a relatoria
para Mauro Savi (PR), Taborelli usou a tribuna, ontem (11) à noite, para atacar
Janaína Riva (PSD). O parlamentar afirmou que a social-democrata não pode
compor a CPI das Obras da Copa porque
tem interesse de encobrir os supostos crimes do pai, preso por suposto desvio
de recurso da Assembleia, prometendo ingressar com processo de suspeição
judicial.
Após a intervenção de
Taborelli, Janaína Riva anunciou que não vai compor a CPI para evitar mais
desgastes. O próprio deputado do PV se retirou da comissão e ameaçou coletar
assinaturas para criar investigação sobre o suposto desvio de R$ 62 milhões dos
cofres da Assembleia, através de fraudes na compra de material de expediente e
gráfico, que acarretou a prisão de Riva na Operação Imperador. RDNews
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