O deputado estadual Baiano Filho (PMDB) já se considera integrante
da bancada governista na Assembleia e articula para aproximar os
correligionários Silvano Amaral e Romoaldo Júnior do Palácio Paiaguás. “Já
decidi apoiar o Governo e estou fazendo este debate com meus companheiros.
Quando a direção estadual do PMDB nos chamar para debater o assunto, vou
defender a adesão. Temos que ajudar o Executivo, levar críticas construtivas e
apoiar as ações em prol do desenvolvimento de Mato Grosso”, disse em entrevista
ao Rdnews.
Baiano avalia que a aproximação com o governador Pedro Taques
(PDT) foi possível, porque manteve postura respeitosa durante o processo
eleitoral. O peemedebista ainda lembra que, apesar do apoio a Lúdio Cabral
(PT), derrotado em primeiro turno pelo pedetista na disputa pelo Paiaguás,
nunca respaldou os ataques ocorridos durante a campanha. “Na eleição, entendi
meus aliados que preferiram acompanhar Taques. Nestes quase três meses de
mandato, tenho apresentado demandas das regiões que represento e tenho sido
muito bem atendido”.
A aproximação do deputado com o Governo foi sacramentada na
eleição da Mesa Diretora, quando o peemedebista apoiou desde o início das
articulações a chapa com Guilherme Maluf (PSD) na presidência e Ondanir
Bortolini, o Nininho (PR), como primeiro-secretário. O apoio do parlamentar,
que teria sido condicionado por cargos no Executivo na região do Araguaia, até
gerou conflito com o deputado Zeca Viana (PDT), que rompeu com Taques e aderiu
à oposição. No dia da posse da 18ª legislatura, houve hostilidades e troca de
farpas incluindo palavras de baixo calão como “vagabundo”, “safado” e
“sem-vergonha”.
Silvano Amaral, por sua vez, defende que o PMDB faça aliança com
Taques para defender os interesses de Mato Grosso. Na opinião do peemedebista,
a aproximação com o Executivo estadual ainda pode viabilizar o apoio do
deputado federal Carlos Bezerra (PMDB), para auxiliar no atendimento das
demandas do Estado em Brasília. “A disputa acabou nas eleições. Ficam algumas
mágoas da campanha, mas nada que uma boa conversa não resolva. Vamos aliar a
força política do PMDB com as boas intenções do governador Pedro Taques”,
ressalta.
Já Romoaldo Júnior, que chegou a ser líder do ex-governador Silval
Barbosa (PMDB) na Assembleia, hoje alvo de denúncias do sucessor devido às
irregularidades em obras da mobilidade urbana e na execução do VLT, também
sinaliza disposição para se aproximar de Taques. “Sou contra o radicalismo. O
que for para o bem de Mato Grosso, eu apoio. Não trabalho com conceito de
oposição ou situação”. Atualmente, o chefe da Casa Civil Paulo Taques
contabiliza 10 deputados estaduais na base governista e reputa Zeca Viana como
oposição. O número pode ser ampliado para 13 com a possível adesão do PMDB.
RDNews
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