CAMILA RIBEIRO
A Assembleia Legislativa aprovou, nesta quarta-feira (4), a CPI da
Copa, que investigará as obras de mobilidade urbana que integram o pacote de
implantação do VLT ( Veículo Leves sobre Trilhos), em Cuiabá e Várzea Grande.
Todos os 24 deputados assinaram, por meio de lideranças
partidárias, o requerimento para criação da comissão.
"A cidade foi destruída, as obras não foram entregues em
tempo hábil. E muitas, sequer foram entregues até a presente data. Existem
denúncias de má qualidade e de erros de execução" A CPI irá investigar
possíveis irregularidades, eventuais desvios de dinheiro e falhas existentes na
obra do modal de transporte.
“A cidade foi destruída, as obras não foram entregues em tempo
hábil. E muitas, sequer foram entregues até a presente data. Existem denúncias
de má qualidade e de erros de execução”, afirmou o presidente da Assembleia,
deputado Guilherme Maluf (PSDB), ao fazer a leitura do requerimento.
Ainda segundo ele, a execução do modal de transporte, bem como das
obras de mobilidade urbana geraram expectativas à população, que se viu
frustrada diante da não concretização dos projetos.
“A população se mostrou paciente, acreditando que o caos instalado
seria momentâneo. Contudo, ao passar do tempo essa situação se mostrou
desesperadora. Por tudo exposto, destaco a importância dessa CPI, para que
supostas irregularidades sejam averiguadas”, disse ele.
Três deputados haviam apresentado, isoladamente, requerimentos
solicitando a instauração da CPI. São eles Pedro Satélite e Janaina Riva, ambos
do PSD, e o deputado Oscar Bezerra (PSB).
Todos eles deverão figurar como membros titulares da CPI. A
Comissão contará ainda com três suplentes. A composição, no entanto, ainda será
definida pela Mesa Diretora da Assembleia.
Os trabalhos devem ser concluídos num prazo de 120 dias,
prorrogáveis por mais 60 dias.
Convocações
Antes mesmo de confirmada a instauração da CPI, Maluf já havia
afirmado que a Caixa Econômica Federal e a Controladoria Geral da União seriam
chamadas para prestarem informações sobre a auditagem dos recursos federais
utilizados para a implantação do VLT.
"A população se mostrou paciente, acreditando que o caos
instalado seria momentâneo. Contudo, ao passar do tempo essa situação se
mostrou desesperadora" Além disso, deverá ser chamado pelos parlamentares,
o consórcio Planservi-Sindotécnica, responsável pelo gerenciamento da obra e
que produziu mais de 20 laudos sobre o andamento dos trabalhos.
Empreiteiros e políticos também deverão ser ouvidos.
O VLT
A obra foi orçada em R$ 1,7 bilhão e os serviços iniciados em 2012
e suspensos pelo Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande, executor do modal, no ano
passado por falta de pagamento.
A previsão é que fossem instalados 22,2 km de trilhos nos dois
eixos, por onde devem circular os 40 carros do VLT – formados por sete vagões
cada um.
Além disso, deveria ser edificado estações e terminais, bem como
obras de arte (pontes, trincheiras e viadutos) ao longo dos dois eixos.
A obra se tornou um emblema da administração estadual, uma vez que
ele disputou a preferência para execução com o BRT.
O modal foi defendido na época como a melhor opção para Cuiabá
pelo então presidente da Assembleia Legislativa, José Riva, e pelo
ex-secretário de Estado, Eder Moraes.
Acabou sendo escolhido por Silva Barbosa para a implantação, mas
ainda não mostrou viabilidade sequer para conclusão da obra que era esperada
para ser concluída até o final deste ano, contudo, a atual cúpula do Governo do
Estado já descartou o prazo.
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