Pesquisadores também encontraram na
região de Tangará da Serra espécie de orquídea
nunca antes
registrada no país.
(Foto: Unemat / Assessoria)
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Pesquisadores do laboratório de botânica da Universidade do Estado
de Mato Grosso (Unemat), em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e a
Universidade Federal do Paraná (UFPR), anunciaram a descoberta de uma nova
espécie de orquídea em Mato Grosso. Outra espécie que nunca havia sido coletada
no Brasil também foi registrada no estado.
A nova espécie da planta foi descoberta na região da cidade de
Brasnorte, distante 580 km de Cuiabá.
Segundo a professora responsável, Celice Alexandre Silva, a
descoberta é resultado de um acordo de cooperação com uma empreiteira que iria
construir uma pequena central hidrelétrica na cidade.
Há pelo menos dois anos os pesquisadores vêm estudando a nova
espécie. A coleta das plantas resultou em 2012 na publicação do livro
“Orquídeas nativas de Mato Grosso”. No entanto, por questões científicas, a
nova espécie à época não foi incluída na obra.
Os pesquisadores ainda não batizaram a nova espécie, mas a
professora explica que geralmente os cientistas homenageiam o lugar onde a
planta foi descoberta ou alguma característica marcante, como a flor, por
exemplo. “Ela já tem um gênero. O que falta agora é tipificar o nome”,
esclareceu. A nova espécie pertence ao
gênero Dichaea Lindl.
E os trabalhos, segundo a professora, não param apenas na
identificação. “Nós estamos estudando a fundo essa nova espécie. Precisamos
descobrir se há funções alimentícias, medicinais ou mesmo ornamentais”,
afirmou.
O próximo passo é a publicação de um artigo em revistas
científicas internacionais. “Esse é o nosso trabalho, de conhecer e fazer com
que todo o mundo tenha conhecimento da nossa descoberta”, disse. Por enquanto,
não estão sendo divulgadas imagens da nova espécie.
Outro resultado do grupo de pesquisa foi a coleta de uma espécie
nunca antes registrada no Brasil, encontrada na região de Tangará da Serra, a
242 km de Cuiabá. A espécie, do gênero Tropidia Lindl, já havia sido encontrada
em países da América Central, Estados Unidos e Equador.
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