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Silval, em que teia foi se envolver!

Silval Barbosa deve estar arrependido da experiência de ser governador por quase cinco anos. Seria melhor não ter passado por essa experiência. O que julga de realização de "grandes feitos", como construção de trincheiras, viadutos e da Arena Pantanal, em Cuiabá, não é reconhecido pela maioria da população. Isso é péssimo para quem se gaba de ter deixado serviços prestados à população.

Na vida privada, ele já era um empresário milionário. A exploração de garimpo lhe trouxe ouro e diamante. Comprou terra, gado, imóveis, empresas de comunicação. Expandiu os negócios.


Mas quis enveredar para a vida pública. Foi prefeito de Matupá, no Nortão. Depois, viu que podia mais e se elegeu deputado estadual. Na Assembleia exerceu mandato de presidente e de primeiro-secretário. Com simplicidade, articulação e jeito de bobo, avançou para a cadeira de vice-governador. E chegou ao trono no Palácio Paiaguás, empurrado pelo ex-governador e velho aliado Blairo Maggi. Em dezembro passado, terminou o mandato melancolicamente. Isolado, acusado de ingerência e cercado de escândalos. Por enquanto, segura nos argumentos tantos os seus pepinos quantos aqueles "herdados" da era Blairo.

Mesmo sem mandato, Silval tem dificuldades de retomar a vida privada. Não vive mais em paz. Volta e meia é surpreendido com nova notícia sobre "rabo" deixado pela administração. Culpa dele próprio, que tomou decisões equivocadas. Não rompeu em tempo a teia de trapalhadas em que se envolveu. Não teve pulso firme e permitiu que caciques políticos fizessem gestões paralelas, criando núcleos dentro do próprio Executivo. Descambou-se para o desmando. Misturou público com privado. Entraram no rolo notas promissórias e empréstimos.

O ex-governador peemedebista pode pagar caro por ter permitido se cercar de alguns assessores mal intencionados. Eles queriam se locupletar e se lambuzaram no poder, jogando lama no chefe maior. Ter como um dos braços de confiança Eder Moraes nem preciso de inimigo. Eder foi um dos que empurraram Silval para o buraco. O detonou sem dó. Chegou a denunciar o ex-chefe até sobre esconderijo de uma suposta agenda com anotações de negócios espúrios. Silval trabalhava com um araponga do lado.


No final do mandato, o peemedebista preferiu transformar dois ex-secretários em amigos: Arnaldo Alves e Pedro Nadaf, que comandaram a Administração e Casa Civil, respectivamente. Com eles divide amargura. Se distanciou dos demais. Mas agora nem os dois mais chegados defendem-no. O jeito foi contratar banca de advogados para tentar evitar o pior. Romilson Dourado

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