Ex-secretário Eder Moraes está preso com mais 2 e proibido de falar com Riva |
Preso desde ontem (1º de abril), no Centro de Custódia de Cuiabá
(CCC), antiga Polinter, em razão da sétima Operação da Ararath, deflagrada pela
Polícia Federal, o ex-secretário estadual de Fazenda e da Secopa, Eder Moraes,
divide uma cela de 4 m² com mais duas pessoas que respondem por tráfico de
drogas e pensão alimentícia. O recinto comporta até quatro pessoas.
O local onde Eder Moraes se encontra possui um ventilador, uma TV,
cama de concreto reforçada com colchão. O Centro de Custódia de Cuiabá (CCC)
possui 19 internos, mas tem capacidade para 24 presos.
O ex-secretário está no mesmo local que o ex-deputado estadual,
José Riva (PSD), preso há 42 dias em decorrência da Operação Imperador. Esta
situação, inclusive, fez com que fosse montado um esquema para evitar o
encontro de ambos. Isso porque, quando Eder foi solto, a Justiça o proibiu de
conversar com inúmeras pessoas, entre elas, o social-democrata.
Segundo a secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), Riva
e Eder estão em alas diferentes e que em momentos de banho de sol e café da
manhã são realizados por alas. “Cada ala tem o seu horário e local de banho de
sol e são separados”, diz a assessoria da pasta.
Encaminhado para o Centro de Custódia, Eder autorizou a visita de
sua esposa Laura Tereza Dias, que também é investigada pela Ararath, das duas
filhas, de sua mãe e um amigo não identificado. Por questão de precaução, a
Sejudh não quis revelar o nome do tal amigo de Eder. Até agora sem receber
visitas, os primeiros encontros de Eder e seus familiares devem ocorrer do domingo (5), das 8h30 às 10h30 e 13h30 às
15h30. As terças também são autorizados os encontros.
O único a visitá-lo foi o advogado de Eder, Ronan Oliveira. O
jurista afirma que irá protocolar hoje (2), o pedido de habeas corpus no
Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília. “Acredito que hoje mesmo
tem uma decisão em relação à soltura”, finaliza.
Advogado de Eder diz que prisão é
ilegal e entra com pedido de HC na 5ª
Esta é a segunda vez que Eder é preso devido à Ararath. Conforme
informações da PF, recentemente foi descoberto que o investigado realizava
transações imobiliárias fraudulentas, com valores inferiores aos praticados no
mercado e que foram adquiridos veículos de alto padrão, sempre em nome de
terceiros (laranjas), com o intuito de ocultar a real propriedade e impedir o
cumprimento de decisão judicial de sequestro/arresto de bens.
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