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OCULTAÇÃO DE BENS: Justiça “caça” R$ 100 milhões de Eder, mas só acha R$ 1 mil

CAMILA RIBEIRO

Delegado Marco Aurélio Faveri diz que até
 R$ 100 milhões devem ser apreendidos das contas de Eder
Alvo de determinações judiciais para bloqueio de até R$ 100 milhões em bens, o ex-secretário de Fazenda, Eder Moraes, e sua esposa, Lauda Tereza da Costa Dias tiveram, até o momento, apenas R$ 1 mil bloqueados de suas contas.

A informação é do delegado de Combate ao Crime Organizado, da Polícia Federal, Marco Aurélio Faveri, um dos coordenadores da ação que deflagrou a sétima fase da Operação Ararath e que resultou em uma nova prisão do ex-secretário.

“Cerca de R$ 100 milhões devem ser apreendidos das contas de Eder, valores esses que serão utilizados para ressarcir o erário público, por conta de crimes cometidos por ele. Mas, até o momento, foi bloqueado R$ 0 da conta de Eder e R$ 1 mil da conta de sua esposa”, afirmou Faveri.


"Cerca de R$ 100 milhões devem ser apreendidos das contas de Eder, valores esses que serão utilizados para ressarcir o erário público, por conta de crimes cometidos por ele. Mas, até o momento, foi bloqueado R$ 0 da conta de Eder e R$ 1 mil da conta de sua esposa" Conforme o delegado explicou, a Justiça não conseguiu fazer os bloqueios, já que Eder tem ocultado seus bens e valores de forma proposital.

Ainda de acordo com Faveri, desde que foram deflagradas as primeiras fases da Operação Ararath, que investiga crimes contra o sistema financeiro em Mato Grosso, Eder passou a praticar crimes de ocultação de bens e lavagem de dinheiro.

As movimentações patrimoniais de Eder, inclusive pagamentos de contas de altos valores, conforme apontam as investigações, eram realizadas por meio de “laranjas”.

“Concluímos que que o patrimônio está sendo movimentado, seja imóveis, veículos ou pagamentos de contas, por meio de terceiros. Desta forma, o investigado evita o bloqueio de seus bens”, afirmou o delegado.

Bloqueio

Além de Eder Moraes e sua esposa Laura Tereza também tiveram os bens bloqueados outras seis pessoas supostamente envolvidas no esquema de lavagem de dinheiro investigado durante a operação Ararath.

A determinação foi dada em novembro do ano passado, pelo juiz federal da 5ª Vara Federal, Jefferson Schneider.

Todos os acusados respondem às ações que tramitam na Justiça Federal de Mato Grosso.

Nova prisão

O ex-secretário Eder Moraes já havia ficado preso por mais de 80 dias, após deflagrada a quinta fase da Operação Ararath, em maio do ano passado.

Na manhã desta quarta (1), ele voltou a ser preso, por força de um mandado de prisão preventiva. Ele foi detido em sua residência, no Condomínio Florais, em Cuiabá.

A Operação Ararath investiga esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro público, por meio de factoting de fachada. Mais de R$ 500 milhões teriam sido desviados por meio do esquema, liderado pelo empresário Júnior Mendonça, da Amazônia Petróleo, e agentes públicos, como Eder Moraes.


Nesta sétima fase da operação, a Polícia Federal também descobriu que investigados realizaram operações imobiliárias fraudulentas, com valores inferiores aos praticados no mercado.

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