CAMILA RIBEIRO
O deputado Carlos Bezerra, que preside o PMDB em Mato Grosso: independência da bancada estadual |
O presidente do PMDB em Mato Grosso, deputado federal Carlos
Bezerra, defendeu que os deputados da sigla tenham uma postura de
"independência" em relação à gestão do governador Pedro Taques
(PMDB).
Hoje, a bancada do partido na Assembleia Legislativa (AL) conta
com três representantes: Baiano Filho, Silvano Amaral e Romoaldo Júnior.
“Os deputados adotaram a posição de independência e eu defendo que
seja dessa forma. A posição deles tem que ser de independência, mas sem
atrapalhar o Estado. É preciso aprovar e votar o que for necessário a
população, mas também não pode haver qualquer tipo de barganha”, afirmou
Bezerra.
"A bancada do PMDB na Assembleia precisa atuar com dignidade
e sem adesismo barato" “A bancada do PMDB na Assembleia precisa atuar com
dignidade e sem adesismo barato”, completou ele.
Bezerra defendeu ainda, que passados os primeiros meses de sua
gestão, o governador Pedro Taques precisa começar a se “movimentar”.
De acordo com ele, a ausência de ações por parte de Taques impede,
inclusive, qualquer avaliação da administração do pedetista.
“O Pedro Taques precisa começar a se movimentar. Ainda nem tenho
uma avaliação. Até agora, ele está nos ‘entretanto’, quando ele entrar nos
‘finalmente’, aí vamos poder começar a avaliar”, disse.
Questionado se Taques estaria demorando para entrar nesses
“finalmente”, Bezerra preferiu não polemizar: “Isso aí eu já não sei. Isso é
uma avaliação dele lá. Agora o que tenho certeza é que a população espera
resultados do Governo”, afirmou.
Críticas a Silval
"O Pedro Taques precisa começar a se movimentar. Até agora,
ele está nos ‘entretanto’, quando ele entrar nos ‘finalmente’ aí vamos poder
começar a avaliar" O presidente do PMDB disse ainda que não se incomoda
com as críticas feitas por Taques em relação ao governo passado, sob o comando
de Silval Barbosa (PMDB).
Ele pontuou, no entanto, que o governador precisa provar todas as
falhas que ele assegura que o Estado tem e que, até o momento, são todas
imputadas a gestão passada”.
“As críticas não me incomodam. Agora se o Estado está mesmo do
jeito que ele fala, as coisas tem que aparecer né. Como diz o baiano: ‘falar é
fôlego’. As coisas que são ditas tem que ser provadas. Isso é com tempo que nós
vamos ver e que tem que ser apresentado a população”.
“Desde a época de Pedro Alvares Cabral tudo que acontece no
Brasil, é culpa do PMDB. A população está aí, olhando. Uma coisa que eu falo eu
tenho que prestar contas dela, é responsabilidade minha, qualquer político é
uma rés publica, coisa pública. Então, ele é obrigado a dar satisfação à
população daquilo que ele fala. E do que ele faz. Isso é questão de tempo”,
comentou ele.
“Sem mágoas”
Apesar de não ter participado de reuniões recentes da bancada
federal de Mato Grosso com o governador, Bezerra alega que não existe qualquer
tipo de mágoa em relação a Taques, de quem ele foi adversário no último pleito
eleitoral.
Na ocasião, Bezerra esteve no palanque de Lúdio Cabral (PT), e que
tinha sua esposa, a então deputada estadual, Teté Bezerra (PMDB) como candidata
a vice-governadora.
“Não existe nenhum motivo de distanciamento, nem mágoa, nem
ressentimento. Só não participei da reunião realizada nesta semana, pois fui
comunicado em cima da hora e já havia assumido compromissos com pessoas do
interior do Estado”, afirmou ele.
“Não existe mágoa, mesmo porque a eleição já passou, acabou e
agora temos que cuidar de nossa vida, ajudar o Estado no que for possível. Já
passei da época de estar curtindo essas coisas”, disse o peemedebista.
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