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Estado diz ser inviável pagamento integral de reposição a servidor

DOUGLAS TRIELLI

O secretário de Estado de Fazenda, Paulo Brustolin, afirmou que é inviável o pagamento integral da reposição inflacionária salarial (Revisão Geral Anual), de 6,22%, referente a 2014, aos servidores públicos estaduais.

Segundo ele, o governador Pedro Taques (PDT) assumiu o Estado com um caixa aquém do esperado.

Além disso, ele citou que, em maio, o Executivo passou do limite prudencial de 46,5%, estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, da receita para gastos com pagamento de pessoal.

“O Governo recebeu um orçamento aquém das necessidades do Estado. Existe, ainda, a Lei de Responsabilidade Fiscal, nós estouramos o teto dessa lei. Mas, no que diz respeito à recomposição do RGA, acredito que com a proposta do Governo avançamos muito e devemos fechar um acordo”, disse.


"Governo recebeu um orçamento aquém das necessidades do Estado. Existe, ainda, a Lei de Responsabilidade Fiscal. Nós estouramos o teto dessa lei" Outro fator determinante para o parcelamento do pagamento, segundo Brustolin, é a não a liberação de R$ 400 milhões referentes aos recursos do Fundo de Apoio à Exportação (FEX), por parte da União.

“Infelizmente, o Governo Federal não cumpriu a sua palavra para com o Estado. Eu mesmo acompanhei o governador Taques, umas três vezes, a Brasília, para fazer a cobrança. Cheguei a falar com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no Confaz, porque é uma preocupação muito grande”, disse.

“Então, o Governo Federal não fez a sua parte e isso tem prejudicado o Estado. Se o FEX tivesse entrado nos primeiros meses deste ano, teríamos um cenário diferente posto para os servidores”, afirmou o secretário.

Incremento na arrecadação

Paulo Brustolin participou das duas reuniões, na segunda-feira (25), com os representantes de sindicatos de servidores do Estado.

Ele chegou a mostrar uma nota técnica da secretaria apontando a receita liquida do Estado nos últimos meses.

O objetivo era justificar o motivo pelo qual o Executivo não poderia pagar de modo integral a reposição inflacionária.

Durante a reunião, o secretário de Gestão, Júlio Cézar Modesto, propôs novamente o pagamento da primeira parcela, de 3,11%, do RGA na folha do mês de maio.

Já o pagamento da segunda parcela será feita somente em novembro deste ano.

Ainda na proposta apresentada pelo secretário, o retroativo referente à correção inflacionária do período entre maio e novembro será pago em janeiro de 2016.

Para que esse pagamento seja feito em novembro, Brustolin afirmou que busca incrementar a receita e dar fôlego econômico ao caixa do Estado.


“O Governo tem trabalhado em vários campos para conseguir ampliar sua receita, ao longo do ano de 2015. Podemos citar a atuação do Cira, o trabalho de integração da Procuradoria Fiscal com a Sefaz, e o grande mutirão da conciliação que faremos em julho, visando a trazer uma maior oportunidade para a sociedade civil colocar seus débitos em dia com o Tesouro”, disse.

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