O STF (Supremo Tribunal Federal) homologou o acordo de delação premiada feito pelo lobista ligado ao PMDB Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, com a PGR (Procuradoria Geral da República). Com isso, Baiano, que está preso desde novembro de 2014 em Curitiba (PR), será liberado em 18 de novembro e seguirá para sua casa, no Rio de Janeiro, onde cumprirá um ano de pena em regime domiciliar fechado com tornozeleira eletrônica. Em 2016, irá para o regime domiciliar semiaberto, ainda com tornozeleira, e em 2017 para o semiaberto com possibilidade de não utilizar o equipamento.
Na colaboração ficou acordado que o lobista perderá o valor de R$ 8,5 milhões que foi bloqueado de sua conta quando foi preso na Operação Lava Jato. Ele será parte da multa que o Baiano se comprometeu a pagar na colaboração premiada. Além disso, o lobista desembolsará mais R$ 5 milhões e uma casa que tem em Trancoso, no litoral baiano.
No seu acordo de delação premiada, Baiano relatou que o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula, procurouo para resolver problemas de dívidas do PT na campanha de 2006. O Banco Schahin fez um empréstimo de R$ 6 milhões ao pecuarista para resolver o débito. Contratos assinados pela diretoria internacional da Petrobras com a Schahin serviram para compensar o empréstimo, segundo relato de investigadores que ouviram os depoimentos de Baiano.
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